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Vamos “gerar” um novo mundo?

Por João Pedro Castro.

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Por João Pedro Castro,
Diretor-geral da Vitrus

Há muitos anos que andamos a discutir a sociedade atual, os seus comportamentos, atitudes e pensamentos que se tem consubstanciado na realização de diversas palestras, convenções, acordos, entre outros, que, em termos práticos, têm resultado em muito pouco.

Contudo, esta pandemia, que veio para ficar, está a permitir que tenhamos uma nova visão sobre mundo e a adoção de comportamentos completamente diferentes e impensáveis há poucas semanas.

Ora vejamos:

Neste momento, os nossos heróis são os profissionais de saúde, agentes de proteção civil, de segurança e trabalhadores dos serviços essenciais como a recolha de resíduos, supermercados, motoristas, entre muitos outros.

Este período de isolamento está a permitir que as pessoas estejam mais próximas dos seus conjugues e filhos, resultante da diminuição do “ritmo de vida” que, diversas vezes, coloca em segundo plano quem deveria estar sempre em primeiro.

Temos verificado excelentes exemplos de entreajuda e união, como o apoio a idosos que não conseguem comprar os bens essenciais, bem como as fantásticas atitudes do setor privado e de grupos informais que têm estado extremamente disponíveis para apoiar os hospitais, bombeiros, IPSS, entre outros. É também, mais do que justo, evidenciar as diversas ações das Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais que comprovam o meritório trabalho realizado na “proteção” da sua comunidade.

Relativamente à defesa do nosso planeta, a redução da produção, das deslocações e do consumo, provocado pelas medidas para combater o Coronavírus, gerou um impacto positivo na crise ambiental que estamos a viver. Desde a redução drástica da poluição, numa primeira fase, na China e que agora se “alastra” aos mais diversos pontos do planeta, às águas límpidas dos canais de Veneza que tanto sofreram com o turismo desmedido, a que se pode acrescentar os variados exemplos da “expansão” na natureza, resultante do confinamento dos cidadãos.

As prioridades mudaram completamente!

Hoje, falamos de pessoas e da “vida humana”, ao invés de falarmos de défice, excedente orçamental, mercados, divida pública, lucros…

Valorizamos, como nunca, aqueles momentos “banais”, como estar com os amigos, tomar um café numa esplanada, praticar desporto, entre muitos outros.

A “felicidade” passou a ser muito mais simples! Significa, neste momento, para muitos, aquele abraço aos nossos pais, irmãos, avós e amigos que tanto desejamos e não podemos dar.

Que felizes que nós eramos e não sabíamos…

Garantidamente que o Mundo nunca mais será igual, sendo fundamental repensarmos os nossos comportamentos e alterarmos os hábitos de vida.

Saibamos tirar as devidas ilações de tudo o que estamos a viver e “gerarmos” um novo mundo, focado naquilo que verdadeiramente importa, nomeadamente a família, a saúde, a amizade, a ajuda ao próximo e a defesa do nosso Planeta.

Já nos “dizem” os Xutos e Pontapés: “E quando as nuvens partirem, o céu azul ficará; E quando as trevas abrirem, vais ver, o sol brilhará”, sendo que o que desejo é que todos consigam “olhar o céu”.

Cuide de si, cuide dos seus, cuide de nós, não só agora, mas sempre!

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