VÂNIA SILVA ESTREIA-SE NA VEREAÇÃO VIMARANENSE
Centrista interveio no período antes da ordem do dia e alertou para o estado das ligações ferroviárias do município, bem como das perspetivas menos positivas para o setor têxtil.

Centrista interveio no período antes da ordem do dia e alertou para o estado das ligações ferroviárias do município, bem como das perspetivas menos positivas para o setor têxtil.

“O meu compromisso é absoluto, empenhado e dedicado, não só para ajudar a coligação a levar a nossa mensagem mais longo, como ajudar também na condução dos destinos da cidade.” As palavras são de Vânia Silva, que esta segunda-feira se estreou na vereação municipal, substituindo António Monteiro de Castro. A centrista explicou que a sua presença “será alternada” com o vereador “sempre que haja algum motivo pelo qual não possa estar presente”. “Tenho outra disponibilidade, voltei para Guimarães e pedi na faculdade para não me atribuírem aulas às segundas-feiras para poder estar aqui”, acrescentou.
Vânia Silva interveio antes da ordem do dia na reunião de câmara com dois temas recorrentemente mencionados e discutidos pelo executivo. Primeiro, a vereadora focou-se na questão da mobilidade. Do ponto de vista da rede ferroviária e do transporte coletivo, a vereadora classificou as ligações em Guimarães de “absoluto desastre”. A centrista reconheceu as limitações alheias à Câmara Municipal de Guimarães, mas apelou a uma “intervenção mais apurada e pressionante junto do governo central” por parte do Edil. Já nas declarações aos jornalistas, referiu, a título de exemplo, que a ligação ferroviária para o Porto, “embora exista”, é “péssima e demora imenso tempo e não é viável na maior parte das vezes”, relembrando ainda o fim da ligação com Fafe e o facto de não existir um caminho ferroviário que ligue Guimarães e Braga. “Essa é uma aposta que Guimarães tem de fazer”, frisou. Para a vereadora, é “importante” que a mobilidade interna seja desenvolvida “rapidamente”: “Vamos já a meio do mandato e se não houver nenhum sinal nesse sentido, vamos adiar uma questão fundamental e essencial.”
Acerca desta intervenção, Domingos Bragança relembrou que “nem todo o programa” pode ser cumprido, uma vez que existem outras entidades envolvidas nos processos. O presidente da Câmara Municipal de Guimarães disse ainda que o foco também está nos percursos pedonais e na ciclovia. “Estamos a dar prioridade a quem se queira deslocar em distâncias curtas o possa fazer a pé, bem como em distâncias mais longas o possa fazer de bicicleta”, explicou. “Temos de criar um conceito cultural ecológico”, frisou. O autarca relembrou ainda o trabalho que tem vindo a ser feito para que uma ligação descarbonizada seja realizada entre os quatro concelhos do Quadrilátero Urbano.
Num segundo momento, Vânia Silva alertou para as dificuldades no setor têxtil: “Sabemos que não só o ano passado já foi um ano difícil para o setor têxtil, que exportou menos que em anos anteriores, mas também sabemos que se avizinha uma crise que poderá ter prejuízos graves nesse domínio.” Para o presidente da câmara, o que se perspetiva para o setor têxtil não é, obrigatoriamente, o que poderá acontecer: “Por diversos momentos vaticinaram o fim do setor têxtil, e ele ficou mais forte. Temos de ter em conta que, em Guimarães, temos cerca de 4 mil microempresas e que o volume maior [nas exportações] é das microempresas.”
Ressalvando, mais uma vez, não esperar que a câmara possa resolver tudo, a centrista comparou o ímpeto industrial de outros concelhos com o vimaranense: “O senhor presidente diz que tem estado em contacto com as câmaras do quadrilátero, mas a verdade é que essas câmaras têm conseguido desenvolver de uma forma mais auspiciosa o seu tecido industrial. Falo, designadamente, de Braga e Famalicão, que nos últimos anos têm superado Guimarães, quando há uns anos não era assim. É importante que se olhe para Guimarães e para o tecido industrial e que se consiga desenvolver o tecido industrial de uma forma sustentada”, concluiu.
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