A Casa da Memória de Guimarães (CDMG) vai inaugurar um projeto sobre o tempo em que os mais velhos foram crianças. Um projeto de arte participativa que parte dos saberes, das memórias e das histórias pessoais dos participantes, um grupo de idosas do Centro de Dia Nossa Senhora do Carmo e um grupo de jovens das Oficinas do Teatro Oficina.

Com criação artística de Vera Alvelos, “Velha infância” é um projeto sobre a infância de outros tempos, “quando não havia telemóveis, nem tablets e mesmo a televisão era uma miragem”, explica a Casa da Memória. É sobre as memórias de “um outro tempo que as crianças de agora não conhecem, o tempo de brincar na rua, o tempo do trabalho nos campos com os pais, o tempo das escolas com professoras severas e de brinquedos feitos em casa”.  

Através de um trabalho de pesquisa desenvolvido nos últimos meses com a comunidade, este projeto procurou o diálogo de gerações e a experiência do presente através do imaginário do passado. A partir de uma série de objetos, as memórias dos mais velhos sobre a sua infância foram vasculhadas, para que os conheçamos melhor e também para perspetivarmos o olhar sobre os tempos de hoje.

De entrada gratuita, o projeto será inaugurado no próximo dia 19 de junho, sábado, às 19h00, com os novos e os velhos a juntarem-se debaixo dessa mesma sombra para revisitar, numa encenação deambulante, as histórias do antigamente, alimentando a nossa memória coletiva e o nosso imaginário.   

Na manhã do domingo seguinte, 20 de junho, às 11h00, a habitual oficina para famílias, “Domingos nos Museus”, organizada todos os meses pela Educação e Mediação Cultural d’A Oficina, irá prolongar este imaginário. Nesta oficina, com Vera Alvelos, vamos descobrir algumas das histórias do projeto “Velha Infância” e, em conjunto, mergulhar nas nossas memórias que, como sabemos, são em parte reais e outra parte ficção.