Vereação aprovou 30 propostas de alargamento de áreas industriais e habitacionais em Guimarães
As alterações do território para áreas industriais e habitacionais integram várias freguesias do concelho.

Ana-Cotter
O município de Guimarães aprovou, na reunião de câmara desta segunda-feira, dia 03 de junho, por unanimidade 30 propostas de contrato de planeamento para a reclassificação de 18 unidades territoriais para solo urbano. Assim, estas áreas, que integram várias freguesias de Guimarães, terão funções industriais e habitacionais.
A aprovação das 30 propostas permitirá a expansão do Parque Industrial da Mata (situado em Pencelo, Selho S. Lourenço e em Gominhães) e de Guardizela – Lordelo, as áreas industriais de Serzedelo, de S. Torcato, de Gondar e de Selho S. Jorge e o campo de golf de Guardizela.
Além disso, serão também alargadas áreas habitacionais nas freguesias de Lordelo, Ponte, Creixomil, Polvoreira, Sande S. Lourenço, Balazar, Serzedelo, Gondar, Urgezes, Fermentões e Brito. No total, a alteração dos territórias integra cerca de 500 hectares, deu conta Ana Cotter, vereadora do Urbanismo na Câmara Municipal de Guimarães.
A vereadora que tem os pelouros do urbanismo explicou que as propostas são de “índole do investimento privado” mas que o município “poderá acompanhar as situações”. Ana Cotter enalteceu estas medidas como “fundamentais e transformadoras. Estimulam a economia de Guimarães porque têm uma visão de política pública aliada à sustentabilidade da economia do privado”.
A aprovação das 30 propostas de contrato de planeamento são “uma porta que foi aberta na conquista de solo para urbanizar”, um processo que arrancou com “visitas às freguesias e com reuniões com os presidentes de junta, o que fez com que a estratégia pudesse ser participativa”.

© Cláudia Sampaio
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães garante que as propostas apresentadas, que resultam de “um trabalho intenso”, são “transformadoras para o território nos próximos três ou quatro anos”. Domingos Bragança adiantou, no final da sessão quinzenal, que o PDM “terá mais propostas” para alteração do território, mas preferiu aguardar “pelas fases até que fiquem concluídas”
O edil considera que o município de Guimarães está a ser “ambicioso com o PDM”, justificando que o concelho “precisa de terrenos para habitação, industrialização e para a acessibilidade.”
Bruno Fernandes, vereador da coligação “Juntos por Guimarães” considera que as propostas “são curtas” face à “expetativa, que era grande”. O social-democrata acrescentou que as medidas “não são ambiciosas” para o concelho, explicando que “são apenas consolidações das áreas que já estão ocupadas.”

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O tribuno apontou que faltou, da parte do município, uma “estratégia macro”, em que a maioria socialista teria de analisar “onde quer os parques industriais, a sua dimensão e as acessibilidades para que as empresas, os investidores e os vimaranenses percebam.”
Por fim, o vereador da oposição ainda criticou a demora dos projetos feitos pela Câmara Municipal: “Não tenho dúvidas de que os privados vão executar os planos em quatro anos, ao contrário do munícipio que precisa de décadas para executar os seus projetos.”