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Vimaranenses pagam mais por água, saneamento e recolha de resíduos que a média nacional

Os vimaranenses pagam anualmente mais 15,96 euros que a média do país.

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O encargo médio suportado pelas famílias, pelo abastecimento de água, água residuais (saneamento)  e recolha de resíduos urbanos, a nível nacional é de 24,62 euros por mês. Guimarães situa-se acima deste valor por 1,33 euros, o quer dizer que os vimaranenses pagam anualmente mais 15,96 euros que a média. Abaixo deste valor médio nacional estão os encargos pagos pelos munícipes de Braga, Póvoa de Lanhoso e Felgueiras.

Os munícipes de Guimarães estão no meio do pelotão regional dos encargos com as prestações dos três serviços. Um vimaranense, com um consumo de dez metros cúbicos, paga por mês, pelo conjunto destes serviços 25,95 euros.

Fonte: ERSAR

Os dados são da Entidade Reguladora de Águas e Resíduos (ERSAR), com referência ao ano de 2018,  o último disponível, tomando como pressuposto um consumo de dez metros cúbicos. Segundo a ERSAR, entre os concelhos que fazem fronteira com Guimarães, há três em que os munícipes pagam menos por estes serviços e outros tantos onde o esforço financeiro exigido aos habitantes do concelho é maior.

Braga, Póvoa de Lanhoso e Felgueiras têm preços mais baixos que Guimarães

Os concelhos onde os serviços são mais acessíveis que em Guimarães são: Braga, Póvoa de Lanhoso e Felgueiras. Felgueiras, que tem uma gestão do abastecimento de água e do saneamento camarária e a recolha de resíduos sólidos urbanos concessionada à Suma, oferece o preço total mais baixo, 18,80 euros, entre os sete municípios em comparação. A Câmara Municipal de Felgueiras é a melhor, entre os sete concelhos em apreço, nos preços que oferece para o abastecimento de água e para as águas residuais: 7,88 euros e 3,97 euros por mês, respetivamente, contra os 10,78 euros e 10,61 euros, dos mesmos serviços prestados pela Vimágua, em Guimarães e Vizela.

Os outros dois concelhos que oferecem os serviços em causa a um preço mais amigo do munícipe que Guimarães são Braga, 22 euros e Póvoa de Lanhoso, 22,71 euros.

Entre aqueles em que globalmente se paga mais, estão Vila Nova de Famalicão, Fafe e Santo Tirso. Santo Tirso é, de longe, o  município onde os cidadãos são mais fustigados pelo preço deste serviços essenciais. Consumir dez metros cúbicos de água naquele concelho representa um custo de 22,01 euros na água, 11,64 no saneamento e 6,50 na recolha de resíduos urbanos, o que totaliza 40,15 euros. O custo de ter água canalizada, saneamento e recolha de lixo em Santo Tirso ultrapassa em 14,20 euros os encargos com os mesmos serviços em Guimarães e em 21,35 euros o que pagam os felgueirenses.

 A Indaqua, concessionária do serviço público de abastecimento de água em Fafe e Santo Tirso, pratica os preços mais elevados deste comparativo. Por dez metros cúbicos de água, os fafenses pagam 15,66 euros e os tirsenses 22,01 euros, estes preços contribuem claramente para que estes dois sejam aqueles em que os munícipes suportam maiores encargos globais pelo conjunto dos serviços.

Gestão camarária nem sempre é a mais barata

Entre os municípios em que se paga menos pelo conjunto dos três serviços, abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos, há dois em que são as câmaras que gerem os serviços, é o caso de Felgueiras e da Póvoa de Lanhoso. Contudo, em Famalicão, onde a gestão dos três serviços também é da responsabilidade da Câmara Municipal, o encargo que os famalicenses suportam é superior ao que pagam os vimaranenses, 27,74 euros contra 25,95 euros.

Olhando para o gráfico comparativo, percebemos que é o preço dos abastecimento de água que estabelece as maiores diferenças entre os municípios, com os preços da Indaqua a colocarem Fafe e Santo Tirso numa posição muito desfavorável. A Indaqua é uma sociedade anónima que tem trocado de mãos, já foi detida pela Mota Engil, passou para a ser controlada pela Miya que, em janeiro de 2019, foi comprada pela inglesa  Bridgepoint. A Agere é uma empresa municipal, em que o capital é detido pela Câmara Municipal de Braga e a Vimágua é uma empresa intermunicipal, detida pelas câmaras de Guimarães e Vizela. Este composição societária pode explicar alguma tem sido apontada como a razão para a água ser mais cara onde é gerida por privados.

Este comparativo regional acompanha outros que foram feitos a nível nacional, em que se conclui que o custo dos serviços é maior nos municípios onde os serviços foram concessionados a privados. Entre os 25 municípios com água mais cara, 24 têm gestão privada deste serviço.

No Minho, os líderes dos preços baixos no conjunto dos três serviços – abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos – são Ponte da Barca, 14,47 euros, Amares, 12,12 euros e Terras do Bouro, 3,76 euros, preços mensais para os mesmos 10 metros cúbicos de consumo. Todos muito abaixo da média nacional de 24,62 euros.

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