Talento no Mundial: Miguel Oliveira estreia-se como o mais jovem português de sempre

Aos 16 anos, Miguel Oliveira, nadador do Vitória Sport Clube, está a escrever uma página inédita na história da natação portuguesa. Entre 19 e 24 de agosto, em Otopeni, na Roménia, o jovem torna-se o primeiro juvenil português a competir no Mundial de Juniores, onde participa nas provas de 50 e 100 metros costas.

© Vitória SC

Recordista nacional em ambas as distâncias, em piscina olímpica e piscina curta, Miguel leva consigo a ambição de continuar a superar-se. Antes de viajar, deixou claro, aos canais do clube do rei, o seu estado de espírito: “É a prova mais importante da época e não posso viajar sem ambição. Vou tentar bater os meus recordes nacionais”, afirmou.

Com apenas quatro anos de carreira na natação, começou em 2021 depois de abandonar o futebol, Miguel Oliveira já soma 34 recordes nacionais, múltiplos títulos regionais e nacionais e quatro internacionalizações. Esta época, conquistou nove títulos e bateu 14 recordes, destacando-se como uma das maiores promessas da natação portuguesa.

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Em abril, na Suécia, nadou os 50 metros costas em 26,51 segundos, superando os mínimos de qualificação para o Mundial e confirmando a sua presença entre os melhores jovens nadadores do mundo. “Sendo juvenil, ainda tenho muito para aprender, mas parto para o Mundial com a ambição de ser melhor do que fui no Europeu. Quero melhorar os meus tempos e representar bem o clube e a nação”, sublinhou.

Apesar de competir em provas individuais, Miguel faz questão de destacar o apoio de todos os que o rodeiam: “A natação é um desporto de equipa. Treinar com o meu treinador, com o Rui, e com os meus colegas, o João e o Alex, é muito motivador porque procuramos todos o mesmo nível, o nível dos Jogos Olímpicos. Eles ajudam-me todos os dias. Também devo muito à minha família e ao trabalho com o médico desportivo e o psicólogo. Nada disto seria possível sem eles”.

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O jovem atleta também não escondeu a emoção ao receber uma homenagem no relvado do Estádio D. Afonso Henriques, onde pisou o palco que em criança sonhou conquistar com uma bola de futebol: “Estar no relvado foi a concretização de um sonho. O meu pai, que foi jogador de futebol, sentiu-se orgulhoso e a minha mãe emocionou-se muito. Foi um momento especial para a minha família”.

Miguel sabe que vai enfrentar atletas mais velhos e experientes, mas encara o desafio com confiança e determinação: “Claro que vou estar ansioso porque vou fazer história ao nadar os 50 e 100 metros costas. Há pressão, mas trabalhei para este momento. Quero chegar à prova, desfrutar e nadar com confiança. Vai ser um orgulho enorme representar Portugal, Guimarães e o Vitória SC”.

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