O ex-jogador do Vitória e antigo internacional esloveno aposta num desfecho festivo na segunda mão desta quinta-feira. O ambiente infernal do palco dos Conquistadores significará meio caminho andado para a qualificação.

“Tenho a certeza de que o Vitória voltará a ganhar. Tem muito mais qualidade e teve tempo suficiente para melhorar e corrigir os erros que cometeu na primeira mão. Não tenho dúvidas de que o Celje vai passar por um mau bocado. É um jogo europeu especial, dá prestígio e o Celje vai jogar num ambiente infernal. Isso dá muita energia aos jogadores da casa. Vão sentir-se muito importantes e fortes, rumo ao caminho certo: isso dá muita confiança e vontade de satisfazer os adeptos”, sublinhou o antigo internacional.

Zlatko Zahovic atenta que “todos os cuidados são poucos contra essa equipa. Nesta fase de qualificação, as equipas ainda estão no início e, naturalmente, o Vitória SC pode estar um pouco sem ritmo. O NK Celje tem qualidade, pelo que tudo pode acontecer nessa segunda mão. Em Guimarães, naquele estádio e com aquele ambiente, o Celje vai ter, no entanto, uma tarefa muito complicada, muito difícil. Vão passar por um mau bocado”.

O Estádio D. Afonso Henriques “é um travão gigantesco aquele estádio para as equipas visitantes. Tirando os palcos de Benfica, FC Porto e Sporting, o Estádio D. Afonso Henriques é o campo mais difícil do futebol português”, salientou o antigo jogador vitoriano.

Zahovic lembra-se ainda de Moreno e enaltece o seu conhecimento pela identidade do clube; “Lembro-me bem de ver jogar o Moreno, como central e médio defensivo. É muito importante que a equipa tenha um treinador que conheça bem a mística do Vitória SC. Trata-se de um clube especial. Quem não conhecer bem o pensamento daquelas pessoas, não tem tarefa fácil. Há sempre dias difíceis e o conhecimento que o Moreno tem sobre o clube ajuda-o a tomar as decisões mais adequadas”.

O esloveno destaca ainda um conquistador: “Jota Silva impressionou-me pela velocidade. Chamam-lhe Jack Grealish [jogador Manchester City e da seleção inglesa] pelas parecenças físicas e estilo? Isso é giro. Tem, de facto, muita rapidez e genica. Como ainda só tem 23 anos, vai fazer uma boa carreira e não me surpreende nada que tenha jogado no Campeonato de Portugal. O futebol português tem tanta qualidade e talentos… Qualquer jogador português é bom de bola”.

Por ironia do destino, de pouco valeu a Zlatko Zahovic que o Vitória se tivesse deslocado ao seu país para poder matar saudades do primeiro clube que representou em Portugal e rever “velhos” amigos. A convalescença de uma intervenção cirúrgica complicou-se por causa de uma bactéria, condicionando-lhe de forma implacável a mobilidade, pelo que não lhe restou outra alternativa senão assistir à primeira mão com Celje pela televisão: “Fiquei muito triste. Só em sonhos imaginava ter o meu clube do coração tão próximo de mim… e depois não pude lá aparecer”, expressou o antigo jogador. “Espero recuperar bem e, à primeira oportunidade, vou a Guimarães para assistir a um jogo naquele belo Estádio do D. Afonso Henriques. Tenho muitas saudades do clube e de Guimarães. É incrível por causa dos seus adeptos. Fazem ambientes incríveis naquele estádio”, destacou o antigo internacional esloveno numa entrevista exclusiva à comunicação do Vitória Sport Clube.