Segundo Paulo Lopes Silva, vereador da Cultura da Câmara Municipal de Guimarães, a “Contextile questiona a cidade e os seus maiores símbolos. Reinterpreta a cidade”, acrescentando que a Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, que agora completa 10 anos, “é o mais importante projeto resultante da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura”.

Na apresentação da Contextile 2022, que vai decorrer de 03 de setembro a 30 de outubro ocupará os vários espaços culturais e áreas públicas da cidade, mas o destaque vai para a Exposição Internacional – com 50 obras, de 50 artistas, de um total de 1250 com 1500 obras de 75 países e que foram selecionadas por um júri internacional -, mas também para a intervenção artística em espaço público do reconhecido artista ganês Ibrahim Mahama e a exposição ‘O têxtil na arte portuguesa’, que contempla obras de 10 artistas que incluíram o têxtil nas suas práticas artísticas, como Ana Vieira, António Barros, Eduardo Nery, Gisella Santi, Joana Vasconcelos, João Pedro Vale & Nuno Alexandre Ferreira, José de Guimarães, Leonor Antunes, Lourdes Castro e Margarida Reis.

Claúdia Melo enfatizou o papel de intervenção do artista ganês Ibrahim Mahama na denúncia de “circulação de bens, fluxos de emigração, politização, sistema mercantil e económico”, enquanto sobre a exposição ‘O têxtil na arte portuguesa’ a diretora artística da Contextile 2022 reforçou a importância de “escrever uma história da indústria portuguesa dos anos 60 até à contemporaneidade”.

Joaquim Pinheiro, diretor da Contextile 2022 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea, reforçou que a edição deste ano tem uma escala maior. “São 10 anos de Bienal, evocam-se os 10 anos de Guimarães Capital da Cultura”, o que também vai de encontro à ideia mobilizadora – Re-fazer: “Necessitávamos de fazer um ponto de situação, um ponto de situação crítica”, explicou Cláudia Melo, acrescentando que “neste espaço de reflexão crítica pode-se aperfeiçoar novamente e melhorar – Re-make”.