A vacina, criada pela Stemmatters, empresa sediada no Avepark, em Guimarães, e que se dedica à produção de novos fármacos, está em fase de avaliação pelo Infarmed para obtenção da necessária autorização para o seu desenvolvimento e fabrico.

A combinação desta vacina, desenvolvida pela Stemmatters, com a imunoterapia poderá substituir tratamentos de quimioterapia.

A vacina poderá atuar no combate a vários tipos de tumores é tida pela empresa como “um passo importante para a medicina” e pode vir a revelar um “novo paradigma de combate ao cancro”.

Desde julho de 2021, que o projeto DC Matters tem trabalhado para associar a utilização de vacinas antitumorais de células dendríticas com anticorpos para o tratamento de tumores.

O projeto conta com um financiamento de 2,1 milhões de euros e visa construir uma vacina eficaz contra doenças oncológicas, cujo objetivo é o de isolar as células dendríticas, que são responsáveis por identificar moléculas desconhecidas, como os tumores, a partir de uma colheita de sangue. 

“Depois, terá de ser retirada uma amostra do tumor, uma fase que só será possível no ensaio clínico. Em laboratório, os cientistas tratarão de ‘ensinar’ as células dendríticas a ter uma resposta imunológica àquele tumor, voltando a injetar aquela solução no sangue do doente”, explicou Pedro M. Costa, da Stemmatters, ao “Jornal de Notícias”.

Após a autiorização pelo Infarmed, a empresa poderá iniciar os testes com animais.