Vimágua nega “jogada de alto risco” no empréstimo feito em 2009

A Vimágua desmentiu as declarações de Hugo Ribeiro, vereador da coligação "Juntos por Guimarães", que acusou a empresa municipal de fazer uma “jogada de alto risco” em que “apostou com o dinheiro dos munícipes". A empresa explica que se não conseguisse "contratar o financiamento", "teria perdido a possibilidade de aceder a financiamentos".

© Marcela Faria

Em comunicado enviado às redações, a Vimágua explica que, em 2009, contratou um empréstimo em regime de project finance no valor de 24 milhões de euros “com uma maturidade de 20 anos”, uma operação que foi “aprovada pelas Câmaras e Assembleias Municipais de Guimarães e Vizela.”

A empresa municipal nega qualquer “jogada de alto risco” feita com essa operação, pelo que se fixou “uma taxa de juro”. Sem abordar as alegadas perdas de 6,6 milhões de euros com o contrato feito com a CGD e o BPI, como tinha referido Hugo Ribeiro na última reunião de câmara, a régie-cooperativa esclarece que “se não tivesse tido a capacidade de contratar o financiamento, nos moldes em que o fez e no tempo em que fez, teria perdido a possibilidade de aceder a financiamentos, em sede da bolsa de overbooking dos projetos FEDER, no valor de cerca de 8,7 Milhões de Euros de comparticipação a fundo perdido, naquele ano de 2009.”

A empresa municipal ainda frisa que “o apuramento de vantagens ou desvantagens do financiamento não se faz, como nos parece evidente, somando o valor que foi pago no financiamento a título de juros e o que poderia ter sido pago, a menos, se tivesse sido possível contratar uma taxa de juro inferior.”

A Vimágua também desmente que “apostou com o dinheiro dos munícipes numa valorização astronómica da taxa de juro de referência”, justificando que a taxa de juro do financiamento foi “fixada na sala de mercado do BPI de forma objetiva por ponderação entre operações ativas e passivas de igual maturidade, em 3,88%”. Posto isto, não há qualquer irregularidade ou ilegalidade com a fixação da taxa juro.”

O financiamento contratualizado em 2009 permitiu à Vimágua “substituir o passivo de dívidas a fornecedores e dívidas a instituições de crédito de curto e médio prazo, existentes à data”. Para a régie-cooperativa, a contratação do financiamento foi “determinante”, tendo em conta o “forte aumento das taxas de cobertura de redes de água e saneamento” em Guimarães e Vizela.

Hugo Ribeiro tinha frisado que a empresa municipal não tentou negociar o contrato mas a Vimágua também nega esse ponto. De acordo com a régie-cooperativa, a renegociação foi feita “em 2012 no que concerne ao prazo do empréstimo, inicialmente de 20 anos e que foi reduzido para 17,5 anos, e em 2016, na redução do SPREAD de 2,5%, para 1,7%, o que representa uma poupança de mais de 1,2 milhões de euros.”

Além disso, a Vimágua nega que o contrato “tenha resultado num aumento do custo de serviços para os vimaranenses”, explicando que “manteve sempre uma política de moderação tarifária”, finaliza.

Recorde-se que na reunião do executivo municipal realizada a 8 de abril deste ano, o vereador social-democrata acusou a Vimágua de fazer um contrato swap que terá gerado perdas de 6,6 milhões de euros, valor que ” vai continuar a crescer até ao final do contrato”, apontou.

Segundo Hugo Ribeiro, a empresa municipal “aceitou contratualizar o swap por uma taxa fixa de 3,88%, quando, no momento inicial do contrato, a Euribor era de 0,467%.” Por isso, o social-democrata acusa a empresa municipal de fazer uma “jogada” em que “apostou com o dinheiro dos munícipes numa valorização astronómica da taxa de juro de referência.”

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