Pevidém vai receber 25 milhões de euros de investimento
Escola EB 2,3 tem financiamento garantido, centro cívico avança e Domingos Bragança quer projeto da Academia de Transformação Digital pronto até ao fim do ano.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
A reunião descentralizada do Executivo Municipal de Guimarães que aconteceu, esta segunda-feira, 14 de outubro, nas instalações da têxtil J. Pereira Fernandes, em Pevidém, foi o momento escolhido para a apresentação de um conjunto de obras naquela vila, no valor de 25,6 milhões de euros.
O projeto mais avançado é o da Escola EB 2,3 que só depende da formalização do compromisso do Governo, relativamente ao financiamento, para avançar. Já a primeira parte da intervenção no centro cívico, está na fase do projeto de especialidades e deve ir a concurso brevemente. O projeto mais atrasado é a requalificação da Fábrica do Alto para receber a Academia de Transição Digital que, na melhor das hipóteses, estará concluído até ao final do ano, para a empreitada poder ser levada a concurso em janeiro ou fevereiro.
A requalificação Escola EB 2,3, uma obra de fundo no valor de 12,6 milhões de euros, aguarda apenas a formalização de um compromisso de financiamento pelo Governo para avançar, esclareceu o presidente da Câmara, Domingos Bragança. “O financiamento está garantido a 100%, pelo PRR ou pelo Orçamento de Estado. Falta a formalização deste compromisso para que possamos inscrever a receita e avançar com a obra”, esclareceu. “Se a lei do orçamento me permitir, gostaria de lançar o concurso ainda este ano”, acrescentou.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
De acordo com as explicações dadas pelo autor do projeto, o arquiteto Miguel Melo, a obra vai além da conservação das instalações. A escola vai ganhar uma nova entrada, com uma baia para autocarros e uma faixa segregada para os automóveis ligeiros que vão deixar ou buscar alunos.
A escola será atravessada por uma “avenida” que, em parte, tem a forma de um largo escadório que poderá ser usado como anfiteatro ao ar livre. O ginásio passará a ter parte das paredes em tijolo de vidro para beneficiar de luz natural e o estabelecimento de ensino será dotado de um anfiteatro com acesso direto a partir do exterior. Os pavimentos serão nivelados com as zonas de jardim para que os alunos possam desfrutar destas áreas.
Zona de 30 quilómetros por hora de velocidade máxima e passeios mais largos no centro da vila
No centro cívico da vila, as obras começarão pela rua Albano Martins Coelho Lima, em toda a sua extensão, até à zona da fábrica Lameirinho. O projeto, da responsabilidade dos serviços da Câmara, aponta para um novo conceito de rua. Os passeios serão mais largos, haverá uma zona 30 (limitação de velocidade) em que o pavimento da via de rodagem será nivelado com o passeio e será colocado novo mobiliário urbano. A empreitada tem um valor estimado de três milhões de euros e deve arrancar no início de 2025.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
O mais atrasado dos três investimentos hoje apresentados pela Câmara Municipal, em Pevidém, é de adaptação da Fábrica do Alto para receber três centros de investigação da Universidade do Minho – Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), Centro de Computação Gráfica (CCG/ZGDV) e o Digital Transformation CoLab (DTx).
O projeto da chamada Academia de Transição Digital, na melhor das hipóteses, estará pronto até ao final do ano. Domingos Bragança afirmou que gostaria de lançar a obra, estimada em 10 milhões de euros, nos dois primeiros meses de 2025.
O presidente da Câmara, a cumprir o seu último mandato, rejeita as acusações , feitas pelo vereador do PSD, Ricardo Araújo, de que o lançamento destas obras, a um ano das Autárquicas, é eleitoralista. Na opinião de Domingos Bragança, as obras em andamento não ganham votos e quando se trata de empreitadas nas vias públicas, que interferem com a circulação, até fazem perder eleitores. O presidente da Câmara sublinha, ainda, que muitos destes projetos só estarão concluídos para lá do final do seu mandato.
Pelo jornalista Rui Dias.