“Vamos acreditar que, com os adeptos juntos, em Guimarães, é possível passar”
Um jogo frenético em que o Vitória esteve duas vezes em desvantagem, e conseguiu reagir com uma boa exibição.

É certo que não passa de um empate, mas uma segunda mão do D. Afonso Henriques que se espera lotado na próxima quinta-feira, pode escrever uma bonita história neste percurso do Vitória na Conference League. “O mais importante era a equipa jogar bem, fizemos um bom jogo, com muita qualidade. Os jogadores tentaram ao máximo, frente a um Bétis pressionante e com valor, mas nós tivemos coragem, qualidade e sabíamos os espaços que queríamos explorar”, reagiu o treinador do Vitória.
Num estádio difícil de um clube também ele conhecido pelos seus adeptos fervorosos, Luís Freire elogiou os seus jogadores pela capacidade de lidar com isso. “Não é fácil jogar aqui, contra este estádio, com tantos adeptos e tanto fervor, mas fomos corajosos, saímos bem da pressão e, na primeira parte, tivemos três oportunidades de golo. Tudo bem feito, faltou a bola entrar. O Bétis também as teve”.
Na segunda parte, o Bétis entrou a fazer golo. “Não é fácil sair do balneário e sofrer logo, mas os jogadores continuaram a cumprir o plano e encontraram o espaço para o grande golo do João Mendes, num lance onde ele tem muito mérito. Continuámos a acreditar, baixámos um pouco, eles fizeram o 2-1, mas ninguém desistiu. Fomos pondo energia na equipa e penso que o 2-2 acaba por premiar um grande jogo do Vitória. Não fomos inferiores ao Bétis. Sabemos que isto vai a meio, ainda há muito jogo pela frente, mas demos uma resposta cabal do valor dos jogadores e do que pode valer esta equipa”, analisou Freire.
“Eu gosto muito da mentalidade que encontrei nos jogadores. Têm muita vontade de jogar. Eu também gosto das equipas a pressionar, a jogar, a procurar soluções. E isso, quando acontece, fica bom para toda a gente. Conseguimos pôr em prática, mas eles têm muito mérito. Há aqui jogadores que fazem grandes exibições. É um empate, não passa disso. O Nélson [Oliveira] trabalhou muito para a equipa, segurou a bola, conseguiu dar-nos tempo e espaço para desenvolver o nosso jogo. Faz uma grande exibição, mas não foi o único, na minha visão. E, depois, um compromisso defensivo que temos de ter todos, e ele também teve”, disse ainda.
A eliminatória decide-se agora em Guimarães: “Penso que não há favoritos. Não havia e não há. Tínhamos essa consciência: claro que o Bétis tem jogadores mundialmente conhecidos, tem um treinador mundialmente conhecido, sabemos que é uma grande equipa, que ainda agora ganhou ao Real Madrid. No entanto, nós temos a nossa identidade, a nossa capacidade e qualidade nos nossos jogadores e no nosso jogo. Vamos acreditar todos que, com os adeptos juntos, em Guimarães, é possível passar”.
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