Munícipe expõe alteração de tipologia de lojas para alojamento de imigrantes sem notificação aos moradores
Na reunião do Executivo Municipal de Guimarães realizada esta segunda-feira, Ricardo Vilas, morador numa urbanização situada na Rua D. Afonso Henriques, em Candoso Santiago e Mascotelos, manifestou publicamente a sua indignação perante o que considera ser uma "grave falha de comunicação e transparência por parte da Câmara".

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Segundo o munícipe, foi afixado um edital no interior da Junta de Freguesia – “muitas vezes fechada”, sublinhou –, anunciando a alteração da tipologia de espaços comerciais, localizados por baixo de blocos habitacionais, para fins habitacionais com o objetivo de albergar imigrantes. A alteração, diz, terá sido autorizada pelo Município, sem que os moradores ou os responsáveis pelos condomínios tenham sido notificados ou consultados.
Ricardo Vilas referiu ainda que já alertou as autoridades competentes e manteve contactos com a vereadora responsável pela pasta, Ana Cotter, mas continua sem respostas claras, levantando “sérias dúvidas sobre a atuação dos serviços de fiscalização municipal”, insinuando que “poderão estar a ser utilizados bodes expiatórios no processo”, solicitando atenção ao tema por parte do edil.
Perante a exposição do caso, o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, assumiu o compromisso de averiguar a situação e de prestar esclarecimentos ao munícipe nos próximos dias, garantindo que a legalidade e o interesse público serão salvaguardados.
O caso gera preocupação entre os residentes da urbanização.