O Largo do Toural foi palco do comício da CDU em Guimarães na noite de segunda-feira, dia 06. O encontro contou com a presença de Paulo Raimundo, Secretário-geral do PCP, e Heloísa Apolónia, dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes”, que se juntaram a Mariana Silva, candidata à Câmara Municipal, e Inês Rodrigues, candidata à Assembleia Municipal. Sob o lema “Viver Melhor na Nossa Terra”, a CDU apresentou-se com o propósito de continuar a defender os trabalhadores e as populações.

Paulo Raimundo e Heloísa Apolónia deixaram palavras de confiança na candidata Mariana Silva, sublinhando “a sua experiência autárquica, competência e compromisso com as causas sociais e ambientais”. Ambos destacaram que a candidata “tem demonstrado conhecimento profundo dos problemas de Guimarães” e representa “a garantia de que a CDU continuará a ser a voz firme dos trabalhadores, das famílias e do ambiente”.

Heloísa Apolónia lembrou que “Mariana Silva é o exemplo da força dos Verdes na CDU”, defendendo “um modelo de desenvolvimento que respeita o planeta e coloca as pessoas no centro das decisões”. Já Paulo Raimundo afirmou que “a CDU é a força que está ao lado dos trabalhadores, que rejeita a flexibilização laboral e que luta por salários dignos e condições de trabalho com direitos”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

“A CDU avança com toda a confiança”

No seu discurso, Mariana Silva garantiu que “a CDU avança com toda a confiança”, declarou, defendendo que o território de Guimarães “é um bem-comum que deve ser gerido ao serviço dos interesses sociais, ambientais, produtivos e culturais dos vimaranenses”, ao mesmo tempo criticando a atual gestão socialista, que “tem estado ao serviço de outros interesses”.

“A CDU faz falta na Câmara Municipal. Nos últimos dois mandatos quase não se deu pela oposição, os problemas dos vimaranenses não foram discutidos e a sua voz foi ignorada”, afirmou. O partido apresentou um programa abrangente, com propostas que “tocam nas áreas mais sentidas pela população”: “Habitação digna, com investimento público e rendas acessíveis; mobilidade sustentável, com mais transporte público, passe inter-regional e ligação ferroviária direta a Braga; educação pública de qualidade, com melhores condições nas escolas e gestão pública das cantinas com produtos locais; defesa do ambiente e do bem-estar animal, com políticas duradouras, despoluição das linhas de água e criação de parques caninos; e emprego com direitos, valorizando salários e combatendo a precariedade”.

“Queremos um concelho com planeamento transparente, coesão territorial, cultura acessível e serviços públicos de proximidade. Um concelho inclusivo, sem discriminação nem racismo”, destacou Mariana Silva, sublinhando ainda que “a CDU é a força do trabalho e da honestidade”. “Em cada autarquia onde esteve presente, demonstrou que é possível governar com seriedade e colocar as pessoas à frente dos interesses particulares”, acrescentou.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Críticas à “inércia do PS” e o apelo à mobilização

No momento mais crítico do discurso, Mariana Silva lamentou a “inércia do PS” e o “estado de estagnação” do concelho. “Guimarães é o concelho do Quadrilátero com maior perda de jovens e o terceiro do país com maior crescimento da população idosa. Faltam creches, habitação acessível e transportes públicos decentes”, afirmou.

A candidata recordou que, por “incúria da Câmara Municipal do PS”, Guimarães ficou fora do Plano Ferroviário Nacional, perdendo “a oportunidade de garantir a ligação direta a Braga e à Alta Velocidade”. Para Mariana Silva, “as ideias agora apresentadas de BRT ou Metro Ligeiro apenas distraem do essencial: uma ferrovia eficiente e pública que sirva o concelho e os trabalhadores”.

Com Guimarães prestes a assumir o título de Capital Verde Europeia 2026, Mariana Silva defendeu que este deve ser “um compromisso sério e participado”, que una sustentabilidade, justiça social e inclusão. “Precisamos de uma cidade que se torne verdadeiramente verde, com as pessoas no centro da mudança”. A candidata apelou à mobilização de todos os apoiantes: “Faltam poucos dias para dia 12 de outubro e até lá todos somos necessários para levar mais longe o projeto da CDU. Vamos falar com os nossos familiares, amigos e vizinhos e mostrar que é possível viver melhor na nossa terra”. “A CDU nunca foi, não é e nunca será uma voz submissa. O nosso inconformismo nunca se calará. Acredito que é possível viver melhor na nossa terra”, concluiu.