Universidade do Minho homenageia o professor Wladimir Brito
A cerimónia, de entrada livre, realiza-se a partir das 15h00, no salão medieval da Reitoria da UMinho, em Braga.

© UMinho
A Universidade do Minho (UMinho) e a Comissão de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga vão prestar, na próxima quinta-feira, um tributo ao professor Wladimir Brito, reconhecido como uma referência no direito internacional público e constitucional, e uma das principais vozes da lusofonia sobre cidadania e democracia.
O evento contará com intervenções do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves (em vídeo), do reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, do coordenador da Comissão de Homenagem aos Democratas do Distrito de Braga, Paulo Sousa, e da professora Assunção do Vale Pereira, da Escola de Direito da universidade. O momento culminará com um testemunho do próprio homenageado, que assinala nesse dia o seu 77.º aniversário, e contará ainda com atuações do grupo coral Allegretus.
Natural da Guiné-Bissau e criado em Mindelo, Cabo Verde, Wladimir Augusto Correia Brito destacou-se como militar na Revolução de Abril de 1974 e opositor aos regimes de partido único na Guiné e em Cabo Verde. Foi o redator principal da Constituição cabo-verdiana de 1992, desempenhando um papel fundamental na transição democrática do país.
Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde concluiu licenciatura, mestrado e doutoramento, Wladimir Brito foi professor catedrático na Escola de Direito da UMinho e na Universidade Portucalense. Entre outros cargos, presidiu ao Conselho do Ensino Superior Militar, ao Observatório Lusófono de Direitos Humanos e dirigiu as revistas Scientia Ivridica e Revista Jurídica Portucalense.
A sua carreira inclui ainda quase cinco décadas de advocacia, bem como um vasto percurso de distinções internacionais. Foi condecorado com a Primeira Classe da Medalha de Mérito pelo Presidente de Cabo Verde, recebeu o Estatuto de Combatente da Liberdade da Pátria pela Assembleia Nacional cabo-verdiana e foi agraciado com medalhas da Marinha do Brasil e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Foi também designado Conciliador das Nações Unidas pelo Governo de Portugal.
Em comunicado, a Universidade do Minho sublinha que esta homenagem representa “o reconhecimento público de uma vida dedicada à liberdade, à justiça, aos direitos humanos e ao saber”, num legado que se estende “à academia e à sociedade lusófona”.





