Na antevisão ao encontro desta quinta-feira frente ao FC Porto, o treinador não poupou elogios ao adversário, mas assumiu completamente a responsabilidade de seguir em frente na competição, rejeitando qualquer possibilidade de poupar jogadores a pensar no campeonato.

Considerando o jogo como um desafio e um teste fundamental, Luís Pinto explicou que esta partida permitirá perceber até onde a equipa pode ir, avaliar a capacidade de ser consistente e confirmar o crescimento continuado que tem vindo a procurar. Para o técnico, este será um confronto que colocará o Vitória à prova perante problemas diferentes daqueles vividos recentemente.

Questionado sobre uma possível quebra de rendimento do FC Porto, o treinador foi claro: não concorda com essa ideia. Recordou que os dragões começaram a época de forma muito forte e continuam igualmente sólidos, tendo perdido apenas um jogo – e não em competições nacionais. Destacou ainda o facto de o FC Porto ter sofrido apenas um golo no Dragão nas provas internas, prova da competência de um adversário que considera extremamente forte e capaz.

Sobre o onze inicial, Luís Pinto garantiu ter já a equipa bem definida, assegurando que irá apresentar os jogadores que acredita serem os melhores para enfrentar o FC Porto, um onze preparado para ser competitivo desde o primeiro minuto.

Relativamente ao momento atual dos vimaranenses, o treinador recordou que, na última visita ao Dragão, o mercado ainda estava aberto e muitos jogadores viviam incertezas. Hoje, o contexto é diferente, a equipa está mais consolidada e, mais do que falar apenas de crescimento, importa perceber como se podem testar e competir com coragem, reconhecendo sempre a qualidade do adversário. Realçou também que este Vitória é muito diferente daquele que iniciou a temporada.

Com apenas duas presenças nas meias-finais da Taça da Liga na sua história, o Vitória SC sabe bem o que está em jogo e o que uma vitória pode significar para o clube. Ainda assim, Luís Pinto não quer que a equipa se desvie da lógica do próprio jogo: disputar o encontro para vencer, como fazem todas as equipas do mundo. Segundo o técnico, a ambição de ganhar deve estar sempre presente, mas com foco total no jogo e no desempenho dentro das quatro linhas.

Sobre a ideia de a Taça da Liga ser, teoricamente, mais fácil de conquistar, Luís Pinto preferiu olhar para o “copo meio cheio”. Sublinhou que se trata de uma competição curta, onde todos têm possibilidade de vencer, e que um triunfo no Dragão pode colocar o Vitória numa fase muito avançada. Por isso, prefere pensar nas oportunidades que a prova oferece e não entrar em comparações sobre níveis de dificuldade.

Comentando ainda o desempenho do Estoril no Dragão, o treinador admitiu que viu um adversário extremamente competente, mas frisou que se trata de uma equipa muito diferente do Vitória. Há ideias que podem ser aproveitadas, mas não existem receitas copiáveis.