AH GRANDE VITÓRIA!
Alfredo Magalhães Docente do Ensino Superior
por ALFREDO MAGALHÃES
Docente do Ensino Superior
- Com responsabilidades acrescidas, aceitei o desafio de retomar as minhas funções docentes no ensino superior, e consequentemente com menos tempo, não vou poder estar com os meus leitores tantas vezes como gostaria. Mesmo assim, continuarei a estar atento a tudo que considerar relevante, emitindo a minha opinião sempre com o intuito primeiro de contribuir para engrandecer as minhas duas grandes paixões: o Vitória e Guimarães. Serei eu mesmo, porque não consigo “estar sem ser”, ao contrário de muitos outros que “conseguem estar por estar”. Sou assim, meus caros, herdei isto do meu pai, o Mestre Magalhães como era conhecido.
- Li nos jornais, nesta última semana, duas notícias sobre o nosso Vitória que, por razões diferentes, me alegraram imenso.
Uma, foi a entrega ao Clube, pela FPF, do Certificado de Entidade Formadora no âmbito da UEFA. Para quem não conhece bem os contornos desta conquista basta dizer que, finalmente, se deu provimento a uma lacuna de quase 20 anos. Na verdade, desde 1995, um dos pressupostos da validade dos contratos de formação desportiva que os clubes celebravam com os jovens futebolistas exigia que o clube se encontrasse certificado. Ora, pasmem-se, caros leitores, nunca tal existiu, o que, contas bem feitas, colocava os clubes à mercê de surpresas contratuais e de apetites de terceiros que, até agora, eram passíveis de serem concretizados sem qualquer retorno para o clube.
A outra, foi a compra de 50% do passe de Soares e consequente prolongamento do seu contrato até 2020.
Na primeira, quis o destino que eu tivesse acompanhado, em permanência, a Certificação, o que me permitiu, com grande orgulho, ter ajudado a atingir este objectivo de excelência, só alcançado por dez clubes quando, à partida, eram trinta e sete. Na segunda, e sem falsas modéstias, também contribuí, como muitos outros, chamando a atenção para a necessidade de ser este um ano crucial, tendo em vista a afirmação de lutarmos por outros desígnios, quiçá o apuramento para a Champions. Por isso, meus caros, acreditem que escrevo para ajudar a engrandecer o Vitória. E se, às vezes, sou mais impetuoso, eu sei bem porque o faço! Não esqueçam nunca que eu conheço muito bem o presidente do Vitória – é um homem que “acossado”, no melhor sentido do termo, faz bom uso da sua resiliência e aprende depressa…
- Estou siderado! Hoje, domingo, dia em que escrevo este ponto, desta crónica e acabado de chegar de Vila do Conde, há um turbilhão de sentimentos que me assola e me impede de ser mais lúcido. Vi o jogo no meio do nosso povo e revivi, por momentos, a final da Taça de Portugal que conquistamos. Grande gente esta que não se cansa de apoiar o nosso Vitória, que volta a chorar, que “assusta” ao acreditar tanto!
Consolidamos o quinto lugar, posição que nos permite voltar à Liga Europa. Não vou, nem quero discutir agora, se este é o melhor plantel do Vitória nos últimos anos, mas uma coisa é certa, de facto, e já o disse aqui, o grupo dispõe de várias soluções e é constituído por excelentes jogadores, além disso conta com um treinador que sabe bem o que está a fazer, devolvendo muito daquilo que o Vitória tinha perdido com a saída de Rui Vitória para o Benfica. Ou seja, o clube voltou a ter um treinador capaz, ponderado, equilibrado emocionalmente e que já demonstrou em diversas ocasiões, e hoje ainda mais, que entende aquilo que é ser Vitoriano.
Percebe-se que os jogadores do Vitória gostam de trabalhar com Pedro Martins, embora não o digam em público como faziam no passado recente com outro treinador, e gostar daquele que comanda é uma condição importantíssima para uma equipa atingir o sucesso. Mas Pedro Martins, caros leitores, conseguiu outra coisa que é fundamental: ser respeitado. Exemplo disso mesmo foi como “tratou” o caso Marega ocorrido no Estoril, e voltou a fazê-lo hoje quando menorizou os seus 10 golos, para enaltecer, isso sim, os 17 pontos conquistados.
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