Três livrarias independentes vimaranenses integram a RELI
Livreiros que se uniram na RELI também têm reivindicações urgentes e “estruturais”.
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Rede de Livrarias Independentes quer, através de uma coordenação de esforços entre vários aderentes, levar livros às casas dos portugueses, mas também reivindica medidas para assegurar o futuro.
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A crise no mercado livreiro não é de agora, mas, em período de pandemia, é certo que o cenário agrave. Para muitas livrarias independentes do país, uma “coordenação de esforços” pode ser a forma mais eficiente de se contornar e contornar as dificuldades. Nisto, surgiu a Rede de Livrarias Independentes (RELI), uma associação livre “de apoio mútuo composta por livrarias de todo o território português sem ligação a redes e cadeias dos grandes grupos editoriais e livreiros”. Assim, as pequenas livrarias unem-se para intervir “junto da sociedade e dos poderes públicos”. No site da RELI é possível, então, encontrar informações sobre diferentes aliados e também os seus canais de comunicação, ficando-se a conhecer “campanhas de promoções, feiras do livro” e outras iniciativas por parte dos mesmos.
Três livrarias vimaranenses integram a rede: Livraria Pinto dos Santos, Rimas e Tabuadas e Cólofon. A primeira, situada na rua de Santo António, abriu portas há quase 30 anos, substituindo a Livraria Lemos, mas mantendo a tradição familiar. Nesta livraria, há jardim e quintal, mas também sofás, música a rodar num gira-discos e um piano.
Mais recente é a Livraria Cólofon, fundada em maio de 2013. Para além de livraria (e ali moram muitos livros raros), a Cólofon também “desenvolve um pequeno projeto editorial dedicado ao livro antigo”. Sita no Largo Condessa do Juncal e presta “também serviços na área das avaliações, pesquisa de livros e investigação no âmbito da história do livro”.
No mesmo largo encontra-se a Rimas e Tabuadas, uma livraria que é, ao mesmo tempo, café, e a mais nova das três aqui referidas. Foi fundada em 2017, “num tempo em que se diz que os livros têm os dias contados”. A Rimas e Tabuadas co-editou “Sombra Silêncio”, de Carlos Poças Falcão, que venceu o 1.º prémio de Melhor Livro de Poesia da Sociedade Portuguesa de Autores em 2019.
A RELI tem em curso duas campanhas e, para já, das livrarias vimaranenses, só a Rimas e Tabuadas é que integra ambas. Com a “Livraria às Cegas”, Os interessados só têm de escolher um livreiro e pedir-lhe livros. Depois, mediante pagamento igual ou superior a 15 euros, recebe-se um “pacote surpresa” em casa. Já com a campanha “Fique em casa, mas não fique sem livros”, os portes de envio da encomenda de livros são oferecidos.
Mas os livreiros que se uniram na RELI também têm reivindicações urgentes e “estruturais”, expressas numa carta aberta dirigida a vários governantes e ao próprio Presidente da República. A RELI considera que é necessário garantir a “extensão das medidas governamentais de apoio à tesouraria que forem aprovadas para o comércio em geral” às livrarias independentes, para que a banca não exclua “o pequeno comércio das candidaturas às linhas de financiamento”.
A rede apela ainda para que as compras institucionais de livros e revistas para bibliotecas públicas escolares ou municipais sejam feitas “através de consultas preferenciais às livrarias independentes”. Por isso, os livreiros referem que o preço “deveria ser o do Preço de Venda ao Público (PVP) dos livros ou fixado num desconto mínimo (máximo de 10%)”, já que, salienta a rede, “não é possível exigir dos livreiros” os descontos praticados por grandes editoras. A RELI pede ainda apoios financeiros “a fundo perdido” para evitar o despejo. “Os livreiros recordam que a especulação imobiliária foi a primeira responsável pelo encerramento de muitas livrarias independentes e do comércio de proximidade em geral”, refere a Lusa. A RELI também sugere, entre outros, a atribuição de seguro de salários “ou equivalente” aos livreiros, para “garantir um rendimento mínimo a todos”.
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