“Fruto do confinamento as pessoas voltaram-se para a casa”
Fundada por Joaquim Martins Coelho Lima, a 12 de maio de 1948, em Pevidém, a completar em breve 73 anos de atividade ininterrupta, a Lameirinho é uma das mais antigas e maiores unidades industriais do setor têxtil do país.

Fundada por Joaquim Martins Coelho Lima, a 12 de maio de 1948, em Pevidém, a completar em breve 73 anos de atividade ininterrupta, a Lameirinho é uma das mais antigas e maiores unidades industriais do setor têxtil do país.

A partir das suas instalações em Guimarães, com aproximadamente 200 mil m2, a empresa produz artigos têxtil-lar para as mais reputadas marcas internacionais, nos segmentos cama, mesa e banho. É atualmente uma marca de valor acrescentado reconhecida internacionalmente. No mercado interno foi distinguida recentemente com o “Prémio Cinco Estrelas”, como a marca de têxteis-lar preferida pelos portugueses pelo 4.º ano consecutivo.
Lameirinho é uma marca com história, de cariz familiar, de uma das famílias com maior tradição na área têxtil portuguesa – a família Coelho Lima – que já vai a caminho da quarta geração.
Paulo Coelho Lima, filho do comendador Albano Coelho Lima, e neto do fundador da empresa, em conversa com a Mais Guimarães, confessa que 2020, o ano da pandemia, foi desafiante para a empresa que, nos primeiros meses foi afetada pelo “fator surpresa das incertezas que a situação causou a nível mundial”.

Para o administrador, deu-se uma suspensão e cancelamento de encomendas imediatamente a seguir aos primeiros “lockdown” europeus e americanos, os principais destinos dos produtos Lameirinho.
Já numa segunda fase, o que se verificou foi o contrário, segundo Paulo Coelho Lima, “fruto do confinamento as pessoas voltaram-se para a casa, procuraram renovar e melhorar a sua qualidade de vida dentro de portas e isso refletiu-se nas vendas de artigos têxtil-lar de uma forma positiva. Assim terminámos o ano de 2020 com um volume de faturação na ordem dos 60 Milhões de euros”.
“Os nossos mercados mais importantes continuam a ser EUA, UK e França. Em todos eles se verificou crescimento, especialmente no segundo semestre de 2020”.
Paulo Coelho Lima, CEO e administrador da Lameirinho
Na Lameirinho, unidade que possui atualmente mais de sete centenas de colaboradores, a pandemia trouxe a necessidade de uma alteração imediata de procedimentos. Ao nível comercial, e habituada a marcar presença nas principais feiras internacionais do setor, a empresa “teve que se reinventar, criando mostras digitais, que funcionaram muito bem”.
Mas Paulo Coelho Lima revela também que “dada a imprevisibilidade da situação” na área industrial todas as unidades acabaram por ser afetadas, uma vez que se tornou necessário fazer uma boa gestão dos recursos humanos por “situações pontuais de absentismo” devido, sobretudo, aos isolamentos profiláticos ou apoios familiares que os colaboradores se viram forçados a garantir.
As lojas físicas, que a marca dispõe em Guimarães e em vários pontos do país, tiveram que ser encerradas de acordo com os estados de emergência que foram decretados, mas a loja online da empresa apresentou-se como alternativa aos consumidores, estando, atualmente, “a funcionar acima do expectável”.
“Dado o aumento da procura de têxtil lar a nível mundial, tivemos que nos adaptar no sentido de satisfazer as encomendas dos nossos clientes”.
Paulo Coelho Lima, CEO e administrador da Lameirinho
Ainda sobre a chegada da pandemia, tal como muitas outras unidades têxteis vimaranenses, a Lameirinho produziu também as suas próprias máscaras sociais, devidamente certificadas.
“Abraçámos este projeto (da produção de máscaras) por uma questão de necessidade interna, para os colaboradores da empresa, e acabámos por as disponibilizar para venda nos nossos canais. Em termos de resultados, salvaguardámos a proteção da nossa equipa. Em termos de vendas não foi expressivo, nem era esse o nosso objetivo”, diz Paulo Coelho Lima.

Relativamente aos apoios disponibilizados pelo Estado às empresas, o CEO da Lameirinho diz que “sendo este um acontecimento sem precedentes, foram os apoios possíveis na altura”.
No entanto, considera importante mencionar, que “não houve por parte do Governo celeridade em encontrar uma solução para a retirada abrupta (no início da pandemia em Portugal) da cobertura dos seguros de crédito, situação muito penalizadora para as empresas exportadoras”.
Relativamente à captação de mão-de-obra, o administrador garante que a empresa não tem sentido dificuldades, devido ao facto de este setor se ter tornado “mais atrativo, especialmente por ser cada vez mais moderno, organizado e dinâmico”.
Quanto ao futuro da indústria têxtil, Paulo Coelho Lima, acrescenta que “é um sector que, como muitos outros, tem que estar constantemente a reinventar-se, procurando colocar no mercado um produto diferenciador, mantendo a aposta na qualidade e estando constantemente atento ao serviço ao cliente”.
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