Bruno Fernandes quer ser alternativa a um PS “cansado”

"É normal que depois de três décadas, haja cansaço”

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Bruno Fernandes, anunciou, hoje, segunda-feira, dia 22, a sua candidatura à Câmara Municipal de Guimarães. O presidente do PSD Guimarães, encabeça a coligação Juntos por Guimarães (PSD e CDS) para procurar interromper 32 anos de liderança socialista no concelho. O candidato social-democrata apresentou-se como “uma nova energia”.

Foto: João Bastos

Bruno Fernandes fez a apresentação da sua candidatura no Cine Teatro São Mamede, apenas com a presença da imprensa e começou por lamentar o facto de não poder partilhar este momento com os vimaranenses. Ainda assim a “comunicação aos vimaranenses”, como lhe chamou, foi gravada para ser difundida nas redes sociais, a partir da 21h30.




O candidato da coligação Juntos por Guimarães afirma que tem “noção do desafio que é liderar um dos municípios mais importantes do país”, mas afirma que o move “a férrea convicção que Guimarães necessita de uma nova energia que faça da nossa história o nosso futuro”.  Bruno Fernandes lembrou “o legado extraordinário dos nossos antepassados”, porém afirma a necessidade de avançar para “conquistas deste novo tempo”.

O candidato recordou o momento em que apanhou um autocarro para vir de São Torcato à cidade, filiar-se no PSD. “Mais que a ideologia política, eu queria era perceber como podia ser útil à minha comunidade”, afirma. Para dizer que, passados 26, a disponibilidade para servir é a mesma, mas agora com a experiência de 12 anos de trabalho com “um grande presidente de Câmara”.

Desses 12 anos, afirma que lhe ficou uma convicção: “nunca esquecer que os cidadãos e os seus problemas estão em primeiro lugar. Especialmente as necessidades dos idosos e dos cidadãos mais desprotegidos”.

Bruno Fernandes afirma que não se candidata contra ninguém. “Respeito muito o passado e as opções legítimas dos vimaranenses”, assegura. Mas alerta que “o concelho de Guimarães pode ser ainda melhor. “Pode proporcionar ainda melhores condições para se viver, para se visitar e para se trabalhar. Para isso, temos de ter mais ambição”.

“É normal que depois de três décadas, haja cansaço”

“É normal que depois de três décadas, haja cansaço”, analisa o candidato. Bruno Fernandes acusa o Partido Socialista de “acomodação”, de falta de “clarividência” que acaba por resultar em falta de ambição. “É por isso que eu acredito que fará bem a Guimarães uma lufada de ar fresco na gestão da sua autarquia”, conclui.

O líder da coligação Juntos por Guimarães lembrou o ciclo demográfico recessivo, a habitação, nomeadamente, a habitação social. Tocou na questão da cultura, relacionando-a com história e tradição, lembrando que “o Município não deve substituir o movimento associativo, tem sim a responsabilidade de ser parceiro e de ser agente impulsionador do desenvolvimento coletivo”.

Bruno Fernandes teve também uma palavra para o emprego que relacionou com a capacidade de dar aos investidores condições atrativas para se fixarem e permanecerem em Guimarães.

O candidato falou da importância de “valorizar a universidade e o conhecimento, fomentando o empreendorismo jovem, a inovação e a transição digital”.

Bruno Fernandes que um desenvolvimento sustentável assente num novo modelo de governança de cidades inteligentes, com responsabilidade ambiental.

“Continuamos a ter problemas brutais na mobilidade, sendo, por exemplo, um martírio chegar às freguesias do sul do concelho”, considera o candidato.

“A nossa cidade precisa urgentemente de um sério plano de valorização cultural e turística que nos projete no mundo. Que não desperdice tudo que conquistamos no longo percurso que trilhamos até sermos Capital Europeia da Cultura em 2012. Uma cidade cosmopolita, que atraia turismo, mas que fixe e não afaste quem nela quer viver. Uma cidade que não pode transformar o seu centro num museu para ser apenas visitado”, afirma.

“Temos de recolocar Guimarães como uma referência nas cidades médias europeias. O que vamos assistindo nos últimos anos é precisamente a um retrocesso da nossa afirmação e liderança regional”, afirma Bruno Fernandes. O candidato lembra que há grandes projetos industriais a fugir para outros concelhos, por falta de competitividade de Guimarães.

Mais autonomia para as freguesias

Como alguém que conhece bem as freguesias, até pela experiência como autarca, em São Torcato, Bruno Fernandes deixou claro que como presidente dará mais autonomia financeira a estes órgãos autárquicos.

Um Plano de Recuperação Económico e Social com peso no orçamento da Câmara

Mas talvez aquilo que muitos, neste momento, mais desejavam ouvir, eram as medidas que o candidato se propõe tomar para ajudar na retoma económica. “Quando for eleito presidente da Câmara, irei executar, de imediato, um Plano de Recuperação Económico e Social dos sectores mais vulneráveis e mais afetados pela pandemia no nosso concelho. Seria uma irresponsabilidade ignorar esta realidade. Temos de recuperar a microeconomia que teve de parar durante meses a fio”, assegurou. “Nos próximos meses temos de ter respostas concretas para que nenhuma associação de âmbito social, cultural ou desportiva feche as suas portas em consequência dos efeitos da pandemia”, continuou. Bruno Fernandes defende que “uma parte do orçamento municipal dos próximos anos seja orientada para este plano”.

“Guimarães faz-se da sua história, das suas gentes e das suas instituições. Só assim este presente nos poderá garantir um futuro melhor”, terminou o candidato da coligação Juntos por Guimarães.

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