Projeto de inteligência artificial visa melhorar competências dos alunos da secundária das Taipas

O projeto "Módulos de Aprendizagem de Inteligência Artificial para Adaptação do Ensino e Formação Profissional à Transformação Digital do Mercado de Trabalho", do programa Erasmus+, tem como objetivo melhorar a preparação dos alunos do ensino profissional para o mercado de trabalho e universidade no âmbito da inteligência artificial.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Este é um projeto piloto a nível europeu para o ensino profissional e conta com a participação da Escola Secundária das Caldas das Taipas e da Universidade do Minho. Financiado pelo Erasmus+, o projeto iniciou em janeiro de 2023 e prolonga-se até ao final de 2025.

Esta iniciativa abrange uma turma do estabelecimento taipense desde o 10.º ano, “para que possam acompanhar todo o projeto durante o ensino secundário”, explica a professora Dalila Durães, do Departamento de Informática da Escola de Engenharia da Universidade do Minho.

De acordo com a docente, o objetivo é que “os alunos vão para o mercado de trabalho e sejam ativos ao nível da utilização e conhecimento da Inteligência Artificial, para estarem mais preparados”. Já no caso de os estudantes optarem por ingressar no ensino superior, “a ideia é que esse conhecimento seja uma mais valia para a sua formação”, explica Dalila Durães.

O projeto piloto inclui três universidades e escolas de três países: A Universidade do Minho trabalha em conjunto com a Escola Secundária das Caldas das Taipas (na área de ambiente inteligente e inteligência artificial), a Universidade de Ljubliana trabalha com a Solski Centre Velenia (na área de revisão de computador e reconhecimento de imagens) e a Universidade de Corunha trabalha uma escola de Ferrol (na área da robótica).

Em termos práticos, a ideia do projeto é que a Universidade do Minho “crie modelos de aprendizagem para serem ensinados aos alunos do ensino profissional. E se funcionarem bem, vão ser certificados e utilizados a nível europeu. Pode ser uma nova era ou mudança do ensino profissional”, explica Carla Abreu, coordenadora do programa Erasmus+.

© Leonardo Pereira/ Mais Guimarães

Cláudia Domingues, professora de matemática na Escola Secundária das Caldas das Taipas, explica que, com este projeto, “é possível flexibilizar o currículo dos alunos, integrando o pensamento computacional, resolução de problemas e pensamento crítico. Com estes módulos, melhoramos as competências dos alunos e a sua imersão no mercado de trabalho”, acrescenta.”

A apresentação do projeto decorreu na Escola Secundária das Caldas das Taipas, na passada sexta-feira, dia 02 de fevereiro, e contou com a presença de Adelina Paula Pinto, vereadora com os pelouros da educação na câmara municipal de Guimarães, e Paulo Novais, docente da Universidade do Minho.

Adelina Paula Pinto destaca esta iniciativa como uma “ação de valorização do ensino profissional e do registo do trabalho feito na escola.” A autarca explicou ainda que o trabalho entre jovens de diferentes países, através da deslocação para diferentes territórios, “é fundamental numa Europa em mudança, para que consigamos conhecer outras realidades e locais.”

Já Paulo Novais considera que esta iniciativa “é uma obrigação para uma região como Guimarães que tem infraestruturas importantes ligadas à Inteligência Artificial, como o computador Deucalion.”

O docente da Universidade do Minho destacou a importância da utilização da IA no mercado de trabalho e acrescenta que esta ferramenta “tem de fluir de uma forma normal e transparente para melhorar as nossas atividades. Estamos num mundo velho mas temos que nos preparar para um mundo novo onde os desafios são enormes. Vamos apanhar o comboio do futuro,” acrescenta.

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