25ª edição: Veigueiros e Veigueiras voltam a encontrar-se no jantar de confraternização
Há 25 anos que uma comissão composta por antigos estudantes organiza, anualmente, um jantar de confraternização com Veigueiros e Veigueiras para relembrar os tempos vividos na extinta Escola Secundária de Guimarães, mais conhecida por Escola da Veiga.
Há 25 anos que uma comissão composta por antigos estudantes organiza, anualmente, um jantar de confraternização com Veigueiros e Veigueiras para relembrar os tempos vividos na extinta Escola Secundária de Guimarães, mais conhecida por Escola da Veiga. O encontro, este ano, está agendado para 15 de setembro, sexta-feira, numa quinta de eventos na freguesia de Ponte, Guimarães.
Luís Miguel Fontes é um dos rostos da comissão deste ano, uma “responsabilidade que assume com orgulho” até pela “ligação umbilical” que tem àquela escola, já que o seu pai foi ali porteiro e o seu avô um dos funcionários mais conhecidos e “melhor reputados” entre os alunos.
Organizar um evento desta dimensão, e a expectativa é que junte cerca de 250 pessoas, “dá trabalho, e não há patrocínios, e portanto é difícil”. No entanto, “a alegria de ver as pessoas reunidas, pelo menos uma vez por ano, vale bem a pena”, e há pessoas que regressam a Portugal nesta altura só para participarem no jantar, acrescenta Luís Fontes ao Mais Guimarães.
O jantar vai contar, como habitualmente, com animação, Dj`s e até fogo de artifício. Antes, pelas 19h00, na Igreja de S. Dâmaso acontecerá uma eucaristia em memória dos alunos, professores e funcionários da Escola da Veiga já falecidos. A missa será animada por um coro e “todos estão convidados a participarem”, termina Luís Miguel Fontes.
As inscrições para o encontro estão ainda abertas, podendo ser feitas junto da comissão até quarta-feira, dia 13 de setembro.
UMA ESCOLA “MAIS LIVRE” QUE SURGE APÓS A REVOLUÇÃO DE ABRIL DE 1974
Por estar localizada na zona das Cancelas da Veiga, em Azurém, a Escola da Veiga surgiu no ano letivo de 1975/76, com um perfil diferente das escolas previamente existentes, o Liceu Nacional de Guimarães (atual Escola Secundária Martins Sarmento) e a Escola Industrial e Comercial de Guimarães (atual Escola Secundária Francisco de Holanda).
Projetado para um funcionamento provisório de cerca de 10 anos, o novo espaço de ensino instalou-se numa zona periférica da cidade, com acessibilidade difícil, ganhando corpo com a transformação dos materiais pré-fabricados nas salas de aula, no pavilhão desportivo, no bar e no refeitório e com um leque de professores de idades bastante baixas, algo incomum no panorama do ensino da altura.
Pedro Pires, que também esteve à conversa com o Mais Guimarães, ingressou na nova escola da cidade berço logo no seu segundo ano letivo de funcionamento, 1976/77, e ainda hoje tem presente o ambiente “rural” da escola instalada na cidade, em que das “janelas” das salas se viam “campos” e “vacas” a pastar, bem como a “camaradagem muito grande entre os colegas” e a “proximidade na relação entre alunos, professores e diretores daquela escola”.
“Para
O antigo aluno da Secundária da Veiga sublinhou também que o “conselho diretivo era muito liberal e tinha pessoas espetaculares”, permitindo aos alunos, por exemplo, ir para o pavilhão fazer desporto, mesmo que o “professor de ginástica” faltasse.
Leia a história da Escola aqui, num artigo escrito por Tiago Mendes Dias, em abril de 2020.
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