A AJEG QUERIA FALAR SOBRE O TRAMWAY, MAS A CONVERSA SEGUIU PARA OUTRAS PARAGENS
Na passada sexta-feira, 10 de janeiro, o campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho), acolheu uma conversa organizada pela Associação de Jovens Empresários de Guimarães (AJEG).
A “espécie de prós e contras” organizado pela associação juntou a “classe política”, académicos e cidadãos de Guimarães para se conversar sobre o tramway como possível solução de mobilidade. Mas a conversa fez-se debate.
O repto era simples: realizar “uma espécie de prós e contras” sobre a eventual implementação de uma rede de comboios elétricos urbanos no concelho de Guimarães. Na passada sexta-feira, 10 de janeiro, o campus de Azurém da Universidade do Minho (UMinho), acolheu uma conversa organizada pela Associação de Jovens Empresários de Guimarães (AJEG).
E o concelho atendeu à chamada: “Tivemos uma participação muito aceitável, acima do que estávamos à espera”, conta Rogério Mota. Contudo, o membro da direção da AJEG reconhece que, no debate, pouco se falou do tema proposto — a linha de tramway. Isto porque “as preocupações de mobilidade em Guimarães são bastante elevadas”, diz, e “essas necessidades e problemas sobrepuseram-se ao ponto que seria mais interessante para debate”. Parte desse desvio no caminho aconteceu, acredita o representante da AJEG, porque “os políticos fugiram à questão para falar da mobilidade do concelho e do quadrilátero”.
“A classe política e decisora de Guimarães não tem, ainda, visão, rasgo ou coragem para discutir esta solução. Não é para adotar no presente nem para implementar em quatro anos, mas o futuro será pela ferrovia”, defende. Rogério Mota considera ainda que, tanto do lado do PS como da oposição, “ainda não há essa visão e capacidade de interpretar uma discussão destas para o arranque para o futuro”. Contudo, as preocupações de mobilidade na rede viária também preencheram os discursos por parte dos cidadãos presentes: “Houve duas ou três intervenções para a rotunda de Silvares, uma questão de Lordelo, o preço dos passes. O tema foi visto como debate pela classe política e a conversa foi para o problema da mobilidade.” O membro da direção da associação organizadora garante que essa questão se resolve “de dentro para fora”, passando por freguesias como “Creixomil, Silvares, Costa e Urgezes”.
Daí que o tramway seja defendido pela AJEG. Como já tinha dito Rogério Morta ao Mais Guimarães, a ideia surgiu no início de 2019, aquando da apresentação do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Guimarães. “Já nessa altura apresentamos à Câmara Municipal, de uma forma pública, a solução para Guimarães inverter a mobilidade”, frisou, na altura. E, em 2016, o presidente da Câmara Municipal, Domingos Bragança, defendeu a implementação de um tramway, um meio de transporte que percorresse as zonas povoadas do Quadrilátero Urbano e da região minhota, em que cada uma das cidades seria responsável pela construção do seu tramo. Por sua vez, a AJEG defende “que a mobilidade deve ser criada de dentro para fora”. “De que vale ter uma ligação entre Guimarães e Braga, se, quando chego aqui, não tenho como me deslocar?”, questiona Rogério Mota. Para o vimaranense, colocar “bicicletas ou trotinetes” à disposição da população não resolve o problema, uma vez que não é a resposta mais prática para alguém se mover numa cidade quando tem, por exemplo, de fazer compras. E é “preciso devolver a cidade às pessoas”.
Contudo, o membro da AJEG garante que “há ainda um passo a dar”: “Iremos fundamentar muito mais a nossa proposta junto das entidades que têm peso dentro desta matéria e reunir com empresas técnicas preparadas.” E ainda que a ideia tenha sido apresentada agora, Rogério Mota não tem dúvidas de que as “cidades vão começar a trabalhar nestas soluções” quando essa for a prioridade do Governo central. “Os fundos europeus são para a ferrovia. É uma questão do tempo. O que quisemos fazer foi antecipar o tempo para depois não se andar a correr”, acrescenta. Será agendada uma “conversa muito mais técnica e elaborada, garantidamente para um grupo mais fechado”, dada a natureza da sessão.
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