ACESSIBILIDADE DO PERCURSO PEDONAL DA MURALHA QUESTIONADA
Questão foi colocada na Assembleia Municipal, em Ronfe.
Questão foi levantada pelo deputado João Almeida, que pediu atitude inclusiva ao executivo.
Houve quem não visse a ação do executivo da mesma forma que Paulo Silva, deputado socialista, que a caraterizou como “concreta” e de “cumprimento” na última Assembleia Municipal, em Ronfe. Entre exemplos como a Escola Básica de Caldas das Tapas ou o parque de estacionamento de Camões, o socialista destacou também a abertura do percurso pedonal no adarve da Muralha, apontando que a “conservação patrimonial” se faz através da sua “utilidade e funcionalidade”. Um “ícone” para quem visita o centro histórico desde a sua inauguração, o acesso ao interior da Muralha suscita, contudo, algumas questões por parte de deputados.
João Almeida, da CDU, disse mesmo: “Tive leve esperança com o novo presidente, mas parece que continuamos a fazer mal.” O deputado indicou que a “forma empolgada” com que Paulo Silva falou das obras interiores que se fizeram às escadas da muralha não batiam com a realidade: “É que a muralha é inacessível a cidadãos portadores de deficiência.” João Almeida criticou ainda: “Não me venham dizer que tecnicamente era impossível [tornar o acesso acessível a cadeiras de rodas]. Há outras instituições e zonas em Guimarães com elevadores exteriores que permitem a colocação de cadeira. Fizeram a obra pensando apenas numa parte da população.” Às críticas à obra, Paulo Silva reconheceu desconhecer se “neste, caso concreto, é possível ou não” a melhoria na acessibilidade. “O que posso dizer é que não é uma questão de melhoria da obra que faz de todo o resto uma má obra”, defendeu o socialista.
O percurso pedonal no adarve da Muralha foi inaugurado no verão deste ano. Na altura, a diretora do Museu Alberto Sampaio referia que a obra, “muito bem feita”, permitia “a todos usufruí-la”. João Almeida atirou, na Assembleia Municipal: “A cidade e o concelho têm de ter atitude diferente, inclusiva.”
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