Aluno da Universidade do Minho vence prémio internacional na área da robótica colaborativa
Natural de Braga, com 28 anos, João Gaspar Cunha concluiu o mestrado integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e de Computadores na Universidade do Minho e frequenta atualmente o doutoramento em parceria com a TU/e, com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Desenvolve a sua investigação em Guimarães, no Centro Algoritmi.

© UMinho
Um estudante da Universidade do Minho foi distinguido com um prémio internacional de referência na área da interação humano-robô. João Gaspar Cunha, doutorando em Engenharia Eletrónica e de Computadores, conquistou o “Best Innovation in HRI NeuroDesign Award” na conferência internacional IEEE RO-MAN, realizada nos Países Baixos, que reuniu alguns dos mais relevantes especialistas mundiais em robótica social e colaborativa.
O galardão distinguiu o projeto “The neuroevolution of collaborative decision-making in robotic assistants”, selecionado entre 15 finalistas oriundos de países como Canadá, Estados Unidos, Espanha, Itália, Índia, Irão e Países Baixos. A investigação foi desenvolvida no Laboratório de Robótica Móvel e Antropomórfica (MARLAB) do Centro Algoritmi da Universidade do Minho, sob a orientação dos professores Estela Bicho e Wolfram Erlhagen, da Escola de Engenharia da UMinho, e de Raymond Cuijpers, da Universidade Tecnológica de Eindhoven (TU/e).
Em declarações, João Gaspar Cunha sublinha que o reconhecimento representa “o resultado de um trabalho construído em equipa”, destacando as exigências do percurso doutoral e a importância da colaboração científica. O projeto premiado propõe uma abordagem inovadora à robótica colaborativa, recorrendo a algoritmos evolutivos inspirados na teoria da evolução de Charles Darwin para gerar automaticamente o “cérebro” dos robôs.
Ao invés de uma programação direta, o sistema evolui estruturas internas que vão sendo progressivamente refinadas, permitindo que o robô aprenda a decidir quando deve agir, complementar a ação humana ou manter-se inativo. Segundo o investigador, esta metodologia possibilita uma colaboração mais natural e fluida entre humanos e robôs em tarefas partilhadas.
A investigação aponta para o desenvolvimento de uma nova geração de parceiros robóticos neuroadaptativos, capazes de interpretar contextos, ajustar comportamentos e colaborar de forma semelhante à humana. O projeto combina princípios de neuroevolução e da teoria de campos dinâmicos neuronais, criando sistemas adaptativos e interpretáveis.
Natural de Braga, com 28 anos, João Gaspar Cunha concluiu o mestrado integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e de Computadores na Universidade do Minho e frequenta atualmente o doutoramento em parceria com a TU/e, com apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Desenvolve a sua investigação em Guimarães, no Centro Algoritmi, tendo já passado por experiências como investigador e docente convidado, além de apresentar regularmente trabalhos em congressos e revistas científicas internacionais.





