António Cunha recandidata-se à presidência da CCDR Norte

António Cunha anunciou a sua recandidatura ao cargo de presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR Norte), apresentando-se novamente como candidato independente e defendendo uma liderança regional "próxima, experiente e orientada para os desafios estruturais que a Região enfrenta".

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Na carta dirigida aos membros do colégio eleitoral, o atual presidente da CCDR Norte começa por sublinhar que o Norte “dispõe de forças extraordinárias”, mas enfrenta simultaneamente desafios e oportunidades de “uma complexidade sem precedentes”, nomeadamente ao nível da demografia, da coesão social e territorial, da inovação, da qualificação das pessoas, da governança regional e da modernização de setores estratégicos como a indústria e a agricultura.

Fazendo um balanço do mandato que agora termina, António Cunha destaca que os últimos cinco anos não se limitaram a um exercício de gestão corrente, mas corresponderam a um ciclo de “resultados consolidados”, alcançados num trabalho conjunto e sem distinções partidárias.

Nesse período, refere, foi possível refundar a CCDR Norte, integrando de forma rápida e eficiente um vasto conjunto de novas competências, bem como elaborar instrumentos estratégicos fundamentais para o desenvolvimento regional, como a Estratégia NORTE 2030, o Programa Regional de Ordenamento do Território do Norte (PROT Norte) e vários planos de ação regionais no âmbito do NORTE 2030, abrangendo áreas como a cultura, a proteção da natureza e a biodiversidade.

O candidato sublinha ainda o trabalho desenvolvido na execução plena do NORTE 2020, no desenho e aceleração do NORTE 2030 para cumprimento das suas metas de gestão e na operacionalização do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na Região Norte, processos que considera decisivos para o presente e o futuro do território.

É com base neste percurso que António Cunha afirma entender recandidatar-se à presidência da CCDR Norte como independente, defendendo que o Norte exige uma liderança conhecedora do terreno, capaz de falar a linguagem das entidades intermunicipais, dos municípios e das freguesias, e simultaneamente respeitada pelos interlocutores nacionais, em Lisboa, e europeus, em Bruxelas.

Na carta, o candidato salienta que a eleição para a presidência da CCDR Norte é um ato democrático e coletivo de definição do futuro da Região, devendo refletir uma verdadeira capacidade regional de decisão. “Cabe ao Norte decidir o Norte e a sua liderança”, afirma, referindo-se ao mandato dos próximos quatro anos.

A proposta apresentada assenta no compromisso e na credibilidade de quem “sabe fazer” e estrutura-se em várias metas estratégicas. A primeira passa pela construção de um novo referencial estratégico, o Norte 2035, antecipando o próximo quadro comunitário de apoio (2028-2035). António Cunha defende que esse ciclo exigirá uma visão experiente e integrada do desenvolvimento regional, incluindo a geração e distribuição de riqueza, assegurando ao Norte uma voz forte na definição das políticas nacionais e europeias.

Outra prioridade é a integração de novas competências nas CCDR, num contexto de desconcentração administrativa que, segundo o candidato, requer experiência técnica para garantir que os serviços às populações não sejam prejudicados por reorganizações políticas ou períodos de aprendizagem. A execução plena do NORTE 2030 e do PRR surge igualmente como meta central, com o compromisso de uma gestão eficiente e territorialmente equilibrada.

Por fim, António Cunha reafirma a aposta na proximidade e no diálogo permanente, garantindo que a CCDR Norte continuará a ser “uma casa de portas abertas”, com visitas às 86 câmaras municipais e contacto direto com as juntas de freguesia, por considerar que é no terreno que se identificam as verdadeiras prioridades.

“Votar nesta candidatura é votar na competência demonstrada pelo conhecimento, proximidade e ação”, conclui, sublinhando que não se trata de um voto contra partidos, mas a favor de uma instituição forte, autónoma e respeitada, num projeto comum profundamente nortenho.

A recandidatura é sustentada por um apoio de 50 personalidades, provenientes de diferentes áreas da sociedade. Entre os subscritores encontram-se André Coelho Lima, António Monteiro de Castro, Domingos Bragança, Fortunato Frederico, Isabel Fernandes, Isabel Soares, Pedro Arezes e Rodrigo Areias.

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