No final da partida, o presidente António Miguel Cardoso, dirigiu-se diretamente aos sócios e adeptos vitorianos, num discurso marcado pela emoção e pela defesa do projeto que tem vindo a liderar no clube.

“Quero ser muito claro. Esta administração entrou no Vitória há quatro anos. O Vitória era um clube falido, sem receitas. Tivemos a capacidade de, em três anos, sem dinheiro, ir vencendo e fazendo recordes. Tivemos qualificações europeias, a melhor campanha de sempre na Europa, a melhor pontuação de sempre no campeonato. Sempre dissemos que o projeto Vitória era sustentado no futuro, no que vinha da formação”, recordou.

“Até ao momento, ganhámos uma Supertaça Cândido Oliveira e uma Taça de Portugal. Queremos ganhar muito mais, mas precisamos que os sócios estejam conosco, que nos deixem respirar e que nos deixem trabalhar”, António Miguel Cardoso

Apesar do arranque irregular, António Miguel Cardoso reafirmou a confiança na equipa técnica e nos jovens jogadores que estão a ser lançados: “É um prazer para nós ver o Miguel Nogueira a estrear-se e a fazer uma boa primeira parte. Há muitos mais e nós temos, como associados, a obrigação de os apoiar, de os deixar respirar, deixar respirar a equipa técnica e a administração. Queremos jogadores que respeitem o clube. O emblema está acima de tudo.”

O dirigente deixou ainda uma meta ambiciosa para esta época: “Estou convencido de que vamos ficar em 5.º lugar. Se não ficarmos, eu saio. Só precisamos de respirar. Quero que os miúdos que estão lá dentro a chorar percebam que a cidade os apoia. Se correr mal, sou o primeiro a assumir. Eu vou embora.”

Reeleito em março com cerca de 90% dos votos, António Miguel Cardoso sublinhou que o projeto não mudou: “Estamos satisfeitos com a equipa técnica. O projeto é este e vai continuar. Se as coisas correrem mal, é a minha cabeça que está em jogo. Serei o primeiro a ir embora. Acredito no que estamos a fazer e vamos continuar a fazê-lo.”