“ASSIM SE VÊ A FORÇA LGBT” FOI O GRITO DA 1.ª MARCHA LGBTQI+ NO BERÇO

"Guimarães tem outras cores" foi o nome da iniciativa.

Marcha LGBT destaque

 

“Não queremos que nos aceitem, queremos que nos respeitem”, disse Iara Marques, a vimaranense de 18 anos que esteve a cargo da organização da 1.ª Marcha LGBTQI+, intitulada “Guimarães tem outras cores”, no concelho de Guimarães, que decorreu este sábado, dia 22 de setembro, pelas ruas da cidade-berço.

“Isto é um protesto para as pessoas da cidade abrirem as mentes. É uma cidade com a mentalidade muito fechada, antiga, e acho que as pessoas desta geração não se sentem tão à vontade em se assumirem, de sair do armário, porque têm receio do que os outros vão pensar”, esclareceu Iara Marques, juntamente com Margarida Santos, de 16 anos, também da organização.

 

 

De facto, a grande maioria dos vimaranenses que participaram nesta primeira marcha são jovens, muitos deles menores de idade. A Casa da Juventude foi a associação que apoiou o “Guimarães tem outras cores”, assim como a Câmara Municipal. Alexandre Simões, membro da Casa da Juventude, confirmou que a comunidade LGBT em Guimarães é composta por muitos jovens, ao contrário do que se passa no resto do país. “No Porto, Braga, Lisboa, a comunidade LGBT é formada por adultos, em Guimarães são miúdos, até de 15 e 14 anos. E eles têm uma função, que para mim é das coisas mais bonitas que há, que é tentar que outras crianças não passem por aquilo que eles já passaram. Fazer com que a sua expressão da sexualidade, daqueles que são ainda mais novos, não seja tão difícil”, referiu.

Alexandre Simões adiantou ainda a marcha serve para mostrar que existe um grupo de apoio em Guimarães, pois muitas crianças sofrem traumas por não terem ninguém com quem desabafar. “Algum jovem ou criança pode vir ter connosco desabafar, partilhar. Porque sabemos que a situação deles em casa muitas vezes é horrível”, explicou, acrescentando que “existem pais muito compreensivos”, como se pôde verificar nesta Marcha, que contou com a presença do AMPLOS (Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género).

 

O “Guimarães tem outras cores” contou com o apoio das marchas do Porto e de Braga e reuniu dezenas de pessoas, não sabendo ainda se o número atingiu os três dígitos.

De acordo com Iara Marques, esta foi a primeira Marcha LGBTIQ+ em Guimarães mas não deverá ser a última.

 

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