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Associação Académica da UMinho abandona Encontro Nacional de Direções Associativas

Em protesto contra o modelo daquele fórum, que acusam de não ser legítimo.

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Várias associações académicas do país abandonaram o Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), que decorreu em Viseu este fim de semana, em protesto contra o modelo daquele fórum, que acusam de não ser legítimo.

© Direitos Rservados

As associações académicas do Minho, Coimbra, Açores, Algarve, Aveiro, Beira Interior, Évora, Madeira e Trás-os-Montes e Alto Douro abandonaram no sábado o ENDA, que reúne o movimento associativo nacional dos estudantes do ensino superior, em protesto contra aquilo que consideram ser um modelo de fórum “centralizador”, que favorece as federações associativas.

Nesse comunicado, as associações académicas “questionam a legitimidade das moções” que venham a ser aprovadas na reunião ordinária do ENDA.

“O ENDA não pode ser um espaço onde as associações que representam 25% dos estudantes de todo o ensino superior a nível nacional equivalem a menos de 10% da votação. Infelizmente, o atual modelo, fortemente centralizador e federalista, marcado por discussões que se tornam, por vezes, demagogas e vazias, proporcionadas por jogos de interesse, não cumpre os seus princípios”, pode ler-se no comunicado.

Nesse mesmo documento, as associações, que criaram há já três anos o movimento Académicas Ponto (face ao descontentamento sobre a representatividade do ENDA), asseveram que não compactuam “com a sobrevalorização de estruturas em detrimento dos estudantes” e que irá avançar com pedidos de reuniões próprias junto das entidades, “de modo a apresentar as suas ideias enquanto estruturas representativas de estudantes do ensino superior”.

Questionado pela agência Lusa, o presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), João Caseiro, esclareceu que o movimento não pretende sair permanentemente do fórum e criar um outro, tendo optado por estar fora da discussão deste fim de semana.

Segundo João Caseiro, o atual modelo (cada associação tem um voto) favorecer as federações em detrimento das associações académicas. As associações académicas têm direito a um voto, agregando em si os núcleos de estudantes de cada faculdade, já as federações têm uma associação por cada faculdade.

“O nosso objetivo não é tirar voz às associações, mas adequar o peso de uma associação que represente 25 mil e uma que representa 500”, vincou o dirigente estudantil.

O atual modelo acaba por ser dominado pelas federações académicas de Lisboa, do Porto e das associações de estudantes do ensino politécnico, o que acaba por contribuir “para uma centralização da discussão”, notou.

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