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Atividade turística recupera, mas longe dos resultados pré pandemia

A taxa média de ocupação-quarto foi de 36% em Guimarães, superando neste indicador a média nacional e da região norte.

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Os dados do relatório de atividade turística em Guimarães referente ao ano 2021 já estão disponíveis evidenciando sinais de recuperação do setor quando comparado com o ano de 2020. Contudo, os dados mostram-se ainda longe dos resultados atingidos em 2019, pré pandemia. “Estima-se que em 2022 o setor do turismo continue em aceleração, mas com uma retoma algo lenta e gradual”, lê-se no relatório.

© Direitos Reservados

A afluência de visitantes aos Postos de Turismo de Guimarães constitui um importante indicador da procura turística e, através dos dados disponibilizados, é possível concluir que, em 2021, já se verificou um acréscimo significativo de 22,3% face a 2020.

Contudo, quando comparados com 2019, é possível verificar que os números do período pré pandemia estão longe de ser alcançados. Entre 2017 e 2019 os visitantes aos Postos de Turismo aumentaram significativamente, tendo atingido as 107.638 pessoas. Em 2020, houve, devido à pandemia, uma descida significativa, havendo registo de apenas 23.964 visitantes. A subida, em 2021, foi de 5.349, ou seja, de 22,3% face a 2020. Quando comparado com 2019, é possível verificar, porém, que estes números representam apenas um terço da afluência pré pandemia.

© Guimarães Turismo

Espanhóis no topo dos visitantes

Analisados os dados dos visitantes por país de origem, constata-se que Espanha, Portugal e França figuram no topo da procura turística. Espanha, com uns expressivos 53,89% dos visitantes, mantém a posição de principal mercado emissor, seguindo-se o mercado interno, com 14,31%, e França, com 13,4%. No passado ano, ainda atípico, foram os mercados de proximidade, à semelhança do que já se tinha verificado em 2020, que sustentaram a atividade turística.

Comparativamente com 2020, o ano agora findo registou um crescimento de 25% (de 12.632 para 15.790) nos turistas oriundos de Espanha. Apesar da ligeira subida sentida, em 2019 houve 51.845 visitantes espanhóis, um número que está longe de ser atingido.

Agosto é o mês favorito

O efeito da sazonalidade apresenta-se, faz saber o município, “como um dos maiores dilemas do turismo ao nível global e para o qual Guimarães tem tentado encontrar soluções, diversificando a oferta e potenciando outros segmentos da oferta turística, que visam aumentar a procura, sobretudo nas épocas de baixa procura: outono, inverno e primavera”.

Importa aqui relembrar os meses de confinamento, fecho de fronteiras e proibição de aterragem de voos nos aeroportos portugueses até abril/maio. Nos meses de verão, a procura foi superior, mas idêntica a 2020. Porém, muito abaixo dos níveis dos anos anteriores.

A procura registada no verão não teve uma quebra acentuada após agosto, tal como se tinha vindo a verificar até 2019, mantendo-se equilibrada até ao final de outubro.

De destacar o facto de que, em 2020, nos primeiros meses do ano, ainda num período pré pandemia, a afluência aos postos de turismo foi superior aos anos anteriores.

© Guimarães Turismo

Alojamentos turísticos a recuperar lentamente

O ano de 2021 terminou com uma subida de 11% face à média registada em 2020, constituindo, assim, mais um sinal da recuperação da atividade turística. Com uma taxa média de ocupação-quarto de 36% em 2021, ainda 26% abaixo do período pré pandemia, Guimarães suplanta, neste indicador, até ao momento, a média nacional (33%) e da região norte (31%).

Nos resultados nacionais e da região norte não estão a ser contabilizados os meses de novembro e dezembro, uma vez que ainda não foram disponibilizados pelo INE.

© Guimarães Turismo

Visitas a monumentos, museus e sítios arqueológicos acompanham subida gradual

Foram analisados os dados referentes aos principais monumentos de Guimarães, nomeadamente o Castelo de Guimarães e Paço dos Duques de Bragança, assim como do sítio arqueológico da Citânia de Briteiros e de um conjunto de museus, designadamente o Museu Alberto Sampaio, Centro Internacional das Artes José de Guimarães e Casa da Memória de Guimarães, Museu Arqueológico da Sociedade Martins Sarmento e Museu da Cultura Castreja.

O ano de 2020 interrompeu a contínua tendência de crescimento que se vinha verificando nos anos anteriores, registando-se uma queda significativa de cerca de 68% no número de visitantes. Já em 2021 deu-se uma inversão, tendo o ano finalizado com um crescimento de 24,4% na procura destes espaços.

© Guimarães Turismo

Teleférico perto dos resultados pré pandemia

Para uma correta leitura dos dados apresentados é necessário ter dois fatores em consideração, nomeadamente tratar-se de um equipamento que exige cuidados especiais, pelo que encerra ao público por determinados períodos para manutenção, e a suspensão da atividade por altura em que vigorou a medida de confinamento obrigatório motivada pela pandemia.

Este equipamento esteve inoperacional no primeiro trimestre de 2019, entre janeiro e junho de 2020 e nos meses de fevereiro e março de 2021. Ainda assim, após a significativa quebra no número de viagens verificada em 2020 ( de cerca de 62%), o ano de 2021 registou uma expressiva subida de 112%.

© Guimarães Turismo

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