BOMBEIROS IMPEDIDOS DE FALAREM À COMUNICAÇÃO
Com esta determinação os órgão de comunicação locais podem ter que recorrer a Lisboa para obter informações de um fogo a decorrer na sua região.

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A Autoridade Nacional de Protecção Civil retirou aos bombeiros a prerrogativa de prestarem declarações aos órgãos de comunicação social, sobre os incêndios. Com esta determinação os órgão de comunicação locais podem ter que recorrer a Lisboa para obter informações de um fogo a decorrer na sua região.Esta decisão da ANPC caiu mal junto da Liga de Bombeiros Portugueses que, através do seu presidente, já veio dizer que “a democracia está suspensa”. O líder nacional do PSD, Pedro Passos Coelho, também foi contundente relativamente a esta medida, falou mesmo em “lei da rolha. Já o CDS diz que “o objetivo á esconder as falhas”.
A ANPC anunciou que fará dois “briefings” diários sobre os incêndios a decorrer, centralizando em si toda a informação prestada aos órgãos de comunicação. Para a ANPC o que está em causa, nesta reorganização é “um procedimento de exceção para uma situação também excecional, não se trata de nenhuma lei da rolha”. Marta Soares, o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, acusa a ANPC: “não acreditam nos profissionais que nomearam”. O presidente da Liga vai mais longe e interroga: “o que é que querem filtrar? ; o que não se pode dizer?”
Contatado sobre este assunto o comandante dos Bombeiros Voluntários das Taipas, Rafael Martins, afirmou que, “trata-se de uma medida para fogos de maiores dimensões, quando é montado um comando distrital, nada impede os bombeiros de continuarem a prestar informações à imprensa na maioria dos fogos mais pequenos que acontecem por aqui”. Bento Marques, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Guimarães explicou que “como é lógico, se o comando distrital está impedido de falar, os comandantes dos corpos de bombeiros, que estão abaixo deles, nestes casos também não podem falar”.
O comando das operações é definido em função das dimensões dos fogos. Com esta nova organização da comunicação, os órgãos de comunicação locais, no caso de um grande fogo, deixarão de ter disponível informação de proximidade e passarão a depender da informação prestada pela ANPC, em Carnaxide.
Alguns bombeiros experientes afirmam, sem querem ser citados, que isto nunca poderá funcionar assim e que haverá sempre informação a sair para a imprensa local. Para estes soldados da paz o problema dos bombeiros passa pela necessidade de criação de um comando único nacional, como existe, por exemplo, na PSP e apontam esta centralização de informação como mais uma forma de criar entropia, tal como a duplicação de números de emergência (112 e 117) e outros problemas que limitam a acção dos bombeiros.
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