Candoso S. Martinho inaugurou ampliação do cemitério
A freguesia de Candoso S. Martinho assinalou este sábado, dia 31 de maio, a inauguração da ampliação do seu cemitério

© Helena Lopes/Mais Guimarães
Um momento carregado de simbolismo que representa “não apenas um reforço da capacidade do espaço com mais 90 sepulturas, mas também uma aposta num lugar de memória, respeito e contemplação”, frisou o autarca Domingos Bragança.
Destaca-se nesta empreitada, a linha de arquitetura moderna com espaços ovais, cada um com nove sepulturas, que fogem aos tradicionais cemitérios daí os vários elogios a João Abreu e Anabela, responsáveis pelo projeto.

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Para Odete Lemos, em fim de mandato e impedida pela lei de se recandidatar, este foi “um dia de particular significado” para uma freguesia “marcada por uma forte vivência cristã”, sublinhando que a ampliação resulta de “uma necessidade concreta” e de “muito trabalho”. A autarca expressou a sua gratidão a todos os que contribuíram para tornar o projeto realidade, recordando as dificuldades enfrentadas: “Não foi fácil, foi um caminho com obstáculos, mas não desistimos.”
Com um custo final de 423 mil euros, já incluídos os trabalhos complementares no exterior, a obra é, para Odete Lemos, mais do que um alargamento físico. “É um passo para cuidar dos nossos.” Agradeceu ao arquiteto João Abreu e a Anabela “por pensarem este espaço com sentimento”, à empresa construtora “pela seriedade demonstrada ao não abandonar o projeto, apesar das dificuldades económicas”, e à Câmara Municipal de Guimarães, “sem cujo apoio, esta obra não sairia do papel”. Estendeu também os agradecimentos aos técnicos do município, à vereadora Sofia Ferreira, ao engenheiro Gonçalo, gestor do contrato, e à Vimágua pela colaboração num momento crucial da empreitada. Recorde-se que esta empreitada há muito que estava em execução, tendo passado pela pandemia Covid-19.

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Domingos Bragança sublinhou a importância dos cemitérios “como espaços com um profundo valor identitário”. “É onde repousam os nossos entes queridos, é um lugar de pertença e de memória que atravessa gerações. Quem não sabe ler esse significado, não sabe ler comunidade”, afirmou. O autarca enalteceu ainda o projeto, destacando “o desenho inovador, a integração na envolvente e a criação de um espaço que convida à contemplação”. E deixou palavras de reconhecimento à presidente da Junta: “A Odete foi incansável. Passou por momentos difíceis, incluindo a pandemia, mas nunca desistiu. É uma mulher determinada e de garra, é isso que se espera de uma autarca”.

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O padre João Matos, que abençoou o novo espaço, destacou o “cuidado colocado na sua conceção, com especial atenção à preservação da natureza envolvente, como os sobreiros, e “à criação de um ambiente que ameniza a carga emocional associada ao luto”.
Já o arquiteto João Abreu frisou que o projeto procurou “ir além de um simples anexo”, criando “um espaço acessível, que respeita o lugar, a paisagem e a função emocional que um cemitério carrega”.
A cerimónia foi abrilhantada pela Banda de Música de Pevidém.