CIAJG: Nome emergente da música da América do Sul no 10.º aniversário
Os ritmos da Cumbia vão convidar à dança no próximo concerto do ciclo Terra.
Os ritmos da Cumbia vão convidar à dança no próximo concerto do ciclo Terra que a Capivara Azul – Associação Cultural promove no Centro Internacional das Artes José de Guimarães. A convidada do espetáculo, marcado para o próximo dia 23 de junho, é Pao Barreto, um dos nomes emergentes da música da América do Sul que cruza os ritmos de influência africana com uma visão do mundo marcada pela herança indígena.
Num ano em que o ciclo Terra se dedica a questionar as “ficções coloniais”, não podiam faltar os ritmos da Cumbia, expressão da influência das tradições africanas nas Américas. Música de resistência, vista durante décadas pelos colonizadores como uma expressão demoníaca, este género nasceu da confluência entre o ritmo dos tambores trazidos pelos africanos escravizados e as melodias das gaitas indígenas.
Pao Barreto é uma profunda conhecedora destas expressões, tendo estudado Etnomusicologia em Paris, onde está radicada. O seu primeiro disco, “Sipralis”, lançado há um ano, é o mote para a estreia absoluta em Portugal. A artista colombiana explora também outros ritmos caribenhos, como o porro e a champeta. No seu disco de estreia, cruza esta herança com sonoridades eletrónicas bem reverberadas e alguns toques de soul, funk, swing e reggae, criando um universo próprio, que pode ser vivo, caloroso e repleto de alegria, mas também místico e introspectivo.
Depois de quase três anos de programação marcados pela pandemia e pelas restrições à lotação e disposição da sala impostas para combater a progressão da covid-19, o ciclo Terra volta a convidar à dança. A plateia para o concerto de Pao Barreto estará em pé, um ingrediente festivo extra num concerto que pretende também assinalar o 10.º aniversário do Centro Internacional das Artes José de Guimarães, cuja efeméride se assinala precisamente no dia seguinte a este espetáculo.
Como vem sendo habitual, cada novo concerto do ciclo Terra articula-se com um filme. Desta feita, na véspera do concerto, 22 de junho, a proposta cinematográfica é “O Abraço da Serpente”, de Ciro Guerra. Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro e duplamente premiado na Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes, em 2015, é uma exploração visualmente hipnótica do homem, da natureza e dos poderes destrutivos do colonialismo.
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