A Coligação Juntos por Guimarães acusou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, de quebrar o acordo político relativo à candidatura a Capital Verde Europeia, proposto para ser subscrito pelo município há algum tempo, na reunião de Câmara de 19 de janeiro.A oposição ao atual executivo argumentou que o processo estava a ser conduzido de forma sigilosa entre os partidos que integram a assembleia municipal, algo que o vice-presidente Amadeu Portilha cumpriu, mas o edil, “o grande interessado nas negociações, não respeitou a discrição”, para “surpresa” do líder do PSD, César Teixeira.

Recorde-se que no final dessa reunião do executivo, Domingos Bragança comunicou aos jornalistas que a existência de um “acordo de consenso com todos os partidos políticos com representação na assembleia municipal” e disse esperar que todos os partidos respondam “positivamente”, porque a “Capital Verde Europeia é um desígnio e uma ambição de todos os vimaranenses”.

Cesar Teixeira acrescentou ainda algumas preocupações que gostaria que fossem consideradas, nomeadamente a recuperação paisagística da Ecoibéria, a via de acesso ao Avepark, o ruido e a ausência de relatórios, a qualidade do ar, a despoluição do rio, o saneamento básico e uma comissão de acompanhamento, que foi recusada pela maioria socialista.

Orlando Coutinho, líder do CDS-PP, lembrou que os “pressupostos não foram atendidos”, porque o PS “plantou” um conjunto de cartazes pelo concelho a dizer “candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia de 2020”, sem ter nada substancial a apresentar durante quase quatro anos de mandato, e acrescentou que a candidatura não é do Partido Socialista, mas de Guimarães. “Se queremos ter todos os vimaranenses e forças político-partidárias neste processo, não foi cumprido um requisito de ética”, concluiu.