O candidato da Lista A acabara de apresentar as linhas gerais do seu programa eleitoral, tendo em vista as eleições para a presidência do Vitória, que se realizam a 01 de março, quando foi informado de que a SAD do clube tinha acabado de divulgar os resultados financeiros do primeiro semestre da época que decorre.

“Não temos conhecimento oficial dos dados, não nos fizeram chegar, o que revela mais uma falta de respeito”, disse Luís Cirilo, lançando o repto à lista concorrente, encabeça pelo atual presidente, António Miguel Cardoso, a aceitar debates. “Não se escondam, façam campanha e respeitem os sócios”. “Todos os recandidatos à presidência da história do Vitória fizeram campanha, debates. António Miguel Cardoso é o único, temos de ter respeito pelo Vitória”. Afirmou ainda que não iria tecer “comentários ligeiros” sobre o relatório divulgado, alegando a necessidade de tempo para os analisar, assunto ao qual voltará em próximas oportunidades.

Do programa eleitoral apresentado, o candidato deu conta que a única vertente em aberto é a que diz respeito à questão financeira, alegando não ter recebido, até ao dia de hoje, resposta à solicitação por si feita “há 19 dias”, aquando da formalização de lista. “Entregámos uma carta ao senhor presidente da Assembleia Geral, a solicitar contas e situação financeira do clube e não tivemos resposta”. “Este programa não é aquele que gostaríamos de apresentar porque está a faltar a parte financeira, queremos ser rigorosos para podermos opinar, mas para isso, temos de ter uma visão clara da situação financeira. Quando esses dados nos forem facultados, se calhar teremos de reformular este programa”, disse ainda Luís Cirilo.

“Há três anos, António Miguel Cardoso comprometeu-se a fazer uma auditoria às contas, nem um balancete fez”

Luís Cirilo é bastante crítico em relação à postura do seu opositor no que toca a esta matéria. “Há três anos, comprometeu-se a fazer uma auditoria às contas no fim, mas nem um balancete fez. Isto é falta de transparência, uma promessa que não cumpriu”, atirou. Diz-se “profundamente preocupado com a situação desportiva e financeira do Vitória”, temendo o futuro do clube.

“Se ganharmos as eleições, faremos uma auditoria porque há muita coisa por explicar neste momento, não é normal que quem anda a emprestar dinheiro ao Vitória seja quem vende jogadores ao Vitória”. E explicou: “A sociedade detentora do Casa Pia fez um empréstimo ao Vitória e o Casa Pia vendeu agora um jogador ao Vitória por três milhões de euros, para uma posição que não precisava. Com esse valor podia ter segurado algum jogador que saiu ou contratado aquilo que faz falta ao Vitória, um ponta de lança que marque golos”.