Covid-19: Unidade de Rastreio a funcionar dentro de cerca de cinco dias

Esta foi uma das novidades anunciadas na reunião municipal, restrita a membros do executivo municipal e respetiva equipa técnica. A autarquia irá ainda garantir o apoio aos alunos que necessitem de material tecnológico para ensino à distância e cuja situação económico-financeira assim o justifique.

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Esta foi uma das novidades anunciadas na reunião municipal, restrita a membros do executivo municipal e respetiva equipa técnica. A autarquia irá ainda garantir o apoio aos alunos que necessitem de material tecnológico para ensino à distância e cuja situação económico-financeira assim o justifique.

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A Unidade de Rastreio do Coronavírus, que será instalada no Multiusos, deverá começar a funcionar dentro de quatro a cinco dias. A informação foi adiantada em comunicado, pela autarquia vimaranense, no seguimento da reunião municipal desta segunda-feira.

De acordo com a autarquia, o número máximo de rastreio nesta primeira fase será de 144 suspeitos de contágio por dia e irá atender quem estiver referenciado pelo Serviço Nacional de Saúde. Os meios envolvidos do Município são logísticos.

O executivo vimaranense reuniu esta segunda-feira por videoconferência, numa reunião inédita na vida autárquica, devido ao estado de emergência decretado em Portugal. Normalmente, as reuniões do executivo municipal incluem a presença de jornalistas, que fazem a respetiva cobertura do encontro. Na manhã desta segunda-feira, a sessão foi restrita a membros do executivo municipal e respetiva equipa técnica.

Nesse sentido, a informação disponível surge em comunicado do gabinete de comunicação da autarquia. Além disso, também do lado da oposição, o PSD, emitiu um comunicado que dá nota das propostas dos vereadores sociais democratas.

Segundo a autarquia, no período antes da Ordem do Dia da Reunião de Câmara, o executivo fez um balanço das medidas já adotadas pelo executivo para mitigação do surto pandémico de Coronavírus. Além disso, segundo o mesmo documento, o período serviu também para ouvir as sugestões e contribuições de todos os vereadores da oposição para melhorar a ação municipal.

Centro de deteção e criação de “medidas de imposição de confinamento”

O vereador do PSD, André Coelho Lima, propôs que Guimarães, através da sua Câmara Municipal, apresente diariamente os números da incidência do COVID-19 no concelho. “De facto, à semelhança do que sucede com o país (e já com outros concelhos do país), é importante que a nossa comunidade seja colocada a par dos números que afetam o concelho de Guimarães por forma a poder estar inteirada, a todo o tempo, da evolução da pandemia no nosso território e também da nossa capacidade de o evitar”, descreve o comunicado. O mesmo vereador propôs ainda que Guimarães possa dispor de um centro de deteção do COVID-19, uma unidade de rastreio desta doença, em contexto não hospitalar. Além disso, sugeriu a criação de medidas de imposição do confinamento. “Compreendemos a dificuldade e o stress causados pelo confinamento progressivo deste período de quarentena, mas a verdade é que temos o dever de evitar a permanência de um número elevado de cidadãos em passeio da via pública e nas ciclovias, como foi visível no passado fim de semana”. O PSD considera, por isso, “imprescindível que as forças municipais, designadamente a Polícia Municipal, possam também participar e contribuir para este objetivo, como sucedeu ontem mesmo na Póvoa de Varzim, na Avenida dos Banhos”.

Na resposta, Domingos Bragança frisou que “a coordenação de toda a ação em prática no Município de Guimarães é da responsabilidade da Proteção Civil Municipal, que opera sob sua dependência direta, e que engloba um conjunto alargado de agentes do território, como forças de segurança, bombeiros, autoridades de saúde, entre outras”. Nesse sentido, o reforço orçamental da Proteção Civil de 1 milhão de euros, anunciado há poucos dias, destina-se ao reforço do Plano de Ação Extraordinário do Município de Guimarães para que “nada falhe na assistência à população no combate à propagação do Coronavírus”. “Temos que contar com todos, ninguém é dispensado. Sabemos que há quem tenha que estar no terreno, como os profissionais de saúde, as forças de segurança, os voluntários, as Juntas de Freguesia e os que garantem os serviços básicos de apoio aos cidadãos, para que a vida em sociedade funcione. Mas contamos também com todos que têm que ficar em casa, fazendo assim a sua parte”, frisou o Presidente da Câmara.

Domingos Bragança salientou ainda as medidas municipais de apoio ao nível da educação, da ação social, da economia ou de outras áreas, quer as que estão já em prática, quer as que possam vir a ser tomadas, terão que obedecer a um critério fundamental: “a situação económica de quem delas vier a beneficiar”. “Teremos em conta as reais necessidades das pessoas, das instituições e das empresas, para que os beneficiados sejam os que precisam”, frisou.

PSD sugere coordenação dos planos de contingência dos Lares de Idosos

Ainda no período antes da ordem do dia, André Coelho Lima referiu que nossas IPSS, particularmente as estruturas residenciais para idosos, “estão a dar uma resposta assinalável e elogiável”. Porém, sublinha o vereador, “não apenas estas unidades albergam a população de maior risco no que respeita ao novo coronavírus, como sobretudo, atenta a enorme capacidade de propagação do vírus, a sua entrada nestas instituições poderá ser de efeitos
imprevisíveis”. Nesse sentido, foi sugerido que a Câmara Municipal “assegure a coordenação da elaboração, conformidade e cumprimento dos planos de contingência de cada instituição com unidade de ERPI a seu cargo, assegurando igualmente a sua verificação/certificação pelas
entidades competentes para o efeito”.

Na resposta, o Presidente da Câmara referiu ser prioritária a atenção a prestar aos Lares de Idosos do concelho, de forma a verificar a adequação dos seus planos de contingência e a garantir a segurança de todos
os seus utentes.

O covid-19 e a economia regional

Já o vereador do PSD, Bruno Fernandes, referiu que, sendo a principal prioridade controlar a pandemia – a questão sanitária, “é urgente antecipar os impactos na economia do concelho”. O vereador reiterou a proposta de criação de um Gabinete de Crise de âmbito supramunicipal “permitindo que o território reaja como um todo e que os concelhos evitem estratégias isoladas”. O vereador sugeriu que, neste âmbito, os municípios avaliem “mecanismos de apoio municipal, ao nível dos seus impostos (IMI e
Derrama) ou dos seus serviços que possam ajudar as empresas que manifestamente sofrerem fortes prejuízos com esta situação”.

O autarca reiterou que será criado um Gabinete de Crise para a Economia, a operar regionalmente no âmbito das CIM do Ave e do Cávado, que seja capaz de implementar medidas de apoio económico às empresas.

Bruno Fernandes reiterou o que já havia transmitido ao Presidente da Câmara em conversa telefónica. “O PSD está totalmente solidário com todo o trabalho que seja realizado pela autarquia no sentido de minimizar os impactos da pandemia no concelho. Reforçamos a nossa disponibilidade para apoiar medidas de maior rigor que permitam controlar o contágio e apoiar os cidadãos num momento de especial necessidade”, frisou.

Em comunicado, pode ler-se que Domingos Bragança agradeceu ainda “o apoio manifestado por todos os vereadores para que o grande desafio que se coloca ao coletivo possa ser superado e enalteceu a forma solidária e responsável com que todas as equipas estão a operar no terreno, nomeadamente os profissionais de saúde, os agentes da proteção civil, as juntas de freguesia, os trabalhadores municipais, os voluntários e os profissionais que asseguram as necessidades básicas da população”.

Notícia atualizada às 16h35 de 23 de março com as propostas da oposição, surgidas em comunicado após a publicação inicial.

Notícia atualizada às 17h46 de 24 de março com mais informações relativas à Unidade de Rastreio.

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