Sílvia Simões apresenta, na alameda de São Dâmaso, um conjunto de trabalhos que partem da ideia de paisagem. A inauguração é esta sexta-feira, 12 de novembro, às 21h00.

A partir da ideia de construção de paisagem, a artista encontra o incentivo para a criação de gestos e imagens que “já não são do universo do ver mas do recriar a realidade. É a condição de renomear, de dar uma forma e uma outra visibilidade à realidade”, explica.

Experiências gráficas e visuais que recolhe em viagens são, posteriormente, ativadas pelo desenho. “Não se trata de ver e conhecer mas sim de interpretar, de reconhecer nos materiais, nos gestos, nos grafismos uma outra dimensão da representação”, afirma Sílvia Simões.

A Alameda Contemporary Art Gallery abriu portas no mês de maio, em jeito de ocupação poética de um dos espaços mais emblemáticos da cidade. O jardim da Alameda, pontuado com elementos referenciais como o coreto ou as estátuas do escultor António Ferreira de Azevedo, outrora espaço resguardado para frequentadores regulares confraternizarem, é hoje um lugar aberto, de circulação fluída, apelando à convivência urbana e citadina. No programa curatorial proposto para a Alameda Contemporary Art Gallery, as intervenções artísticas foram pensadas para cada um dos momentos designados, com linguagens como a fotografia, pintura e desenho, alargando o conceito que conhecemos da arte, na medida em que comprova a ideia de que todos os lugares estão na mesma possibilidade de serem encontros com o ato artístico, caminhando de encontro à condição da arte contemporânea, e suas manifestações, entendida como um acontecimento, um momento, parte de um trajeto maior.