DEPRESSÃO PÓS-SUCESSO

Carlos Ribeiro Diretor Executivo no Laboratório da Paisagem

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por CARLOS RIBEIRO

Diretor Executivo no Laboratório da Paisagem 

– A jogar assim vamos ser goleados no Bessa!

– Mas, o Boavista é assim tão forte?

– Não interessa, a jogar assim vamos ser goleados no Bessa.

– Hum. Mas já jogamos bem esta época, só temos de voltar aos bons jogos.

– Bons jogos? Ainda não jogamos bem esta época. Pedro Martins não serve para treinar o Vitória!

– Pedro Martins? Mas há uns jogos, não dizias que era bom treinador?

– Os outros jogos ganhou-os por sorte. E este plantel? O melhor da história? Acho que deve ser dos piores que já tivemos!

– Pior?? Mas não temos o melhor marcador do campeonato, não temos o 3º melhor ataque da Liga e não estamos em 5º lugar a apenas 4 pontos do 3º lugar?

– E lindo. Vais ver como só paramos em 10º até ao Natal. Como é possível não ganharmos dois jogos em que estivemos a ganhar quase a 5 minutos do final?

– E com o Nacional e com o Sporting, não foi ao contrário?

– Sim, mas isso é futebol.

– Ah, ok. Pois, tens razão, isto é tudo futebol.

E o futebol tem mesmo destas coisas. A forma como conseguimos ir do 8 para o 80 num curto espaço de tempo. Depois de Tondela e Chaves, ninguém se lembrará dos jogos anteriores. E se depois destes se seguirem mais algumas vitórias consecutivas, também ninguém recordará estes dois últimos. De repente, do entusiasmo generalizado, passamos para alguma “depressão pós-sucesso”, o que nem sequer é uma particularidade dos vitorianos, embora o façamos muitas vezes com uma celeridade avassaladora. Nos bons e nos maus momentos, somos sempre implacáveis.

Seja como for, encaremos estes dois resultados como “dois avisos à navegação”. Que é como quem diz, um aviso claro ao plantel de que para voltarmos a ganhar temos de dar mais. Bem mais. Temos de voltar a ter a atitude que já tanto nos orgulhou esta época, a garra que nos fazia ganhar mais lances do que os que perdíamos. A capacidade de nos superarmos, mesmo em momentos do jogo em que as coisas nos corriam menos bem.

Sábado temos uma oportunidade para voltar a demonstrar bem isso. Num reduto onde é mais fácil ganhar nas quatro linhas do que nos balneários como ficou provado. Num jogo em que ganhar é o único verbo que importará conjugar.

Nota: Por motivos profissionais não estarei presente num momento especial. Mais do que a “Gala dos Conquistadores”, a homenagem a 50 anos de ligação ininterrupta ao nosso Vitória de um dos responsáveis por eu ser e sentir Vitória. Um dos responsáveis pela evangelização que pontua cada casa vitoriana e que faz deste um clube tão especial. Parabéns pai. Mas acima de tudo, obrigado! Porque… “Bendita a sorte de ser do Vitória”.

 

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