Na reunião de câmara desta quinta-feira, dia 16, Ricardo Araújo insurgiu-se contra o facto da documentação de “uma das mais importantes do calendário anual do executivo municipal” em que esteve em discussão o Plano e Orçamento do município para 2022, contratos programa com entidades participadas, empresas e régie-cooperativas municipais, e também taxas e impostos, as receitas da Câmara Municipal, ter sido facultada aos vereadores da oposição com apenas dois dias de antecedência.

Mesmo considerando terem sido cumpridos os prazos legais previstos, o vereador do PSD, eleito pela coligação Juntos por Guimarães considera que, nestas situações deve “prevalecer a sensatez, a transparência, o interesse de permitir que todos possam analisar a situação com o tempo de detalhe que é devido” e nisto “não basta cumprir os mínimos olímpicos que estão na lei”.

Ricardo Araújo considera ser esta uma questão de “grande importância para a democracia” e para a “participação da oposição” no executivo municipal.

“É absolutamente inadmissível, impossível de análise, recebermos esta documentação com dois dias de antecedência, sendo que, para nós, que temos  a nossa atividade profissional, não são dois dias, são duas noites de trabalho”.

E face à densidade de documentação (documentos com centenas de páginas), o vereador diz que “o executivo devia disponibilizar esta documentação com bastante mais antecedência, para que nós, enquanto vereadores responsáveis, e que queremos ter uma opinião e uma intervenção cítica mas construtiva, possamos analisar os documentos com a atenção devida. Disponibilizar documentação aos vereadores da oposição com dois dias de antecedência é um mau serviço à democracia”, disse Ricardo Araújo, que afirmou também esperar que o procedimento se altere, depois de Domingos Bragança ter concordado com a sua posição.

Após a intervenção do vereador social democrata, Domingos Bragança interveio manifestando concordância com a reclamação de Ricardo Araújo. “Aceito e concordo. Farei tudo para que os documentos venham com mais antecedência do que a lei obriga. Se pudermos fazer melhor do que a lei, tanto melhor”, reafirmou o presidente da câmara.