“É DE PEQUENINO QUE SE TORCE O PEPINO” – PARTE II
ALFREDO MAGALHÃES Docente do Ensino Superior
por ALFREDO MAGALHÃES
Docente do Ensino Superior
- Escrevi aqui, neste espaço, há dois ou três meses, uma crónica intitulada “É de pequenino que se torce o pepino” na qual falava, entre outras coisas, que não se nutria uma paixão pelo nosso Vitória numa fase já adulta e que a principal razão, segundo a minha “teoria”, de nós os vimaranenses só gostarmos do nosso Clube advinha do facto desta “doença” perpassar no tempo, sendo transmitida de geração em geração.
Não previa, então, que tempos mais tarde, concretamente na passada 5ª feira, a Sportv+, na linha dessa minha crónica, viesse a passar uma reportagem absolutamente incrível sobre o que é ser vitoriano. Denominada “Ó Vitória, meu Vitória” trata-se de uma história que começa na maternidade e, muitas vezes, não termina na hora da morte. Assinada por Jaime Cravo, esta reportagem que conta histórias de ontem e de hoje e suportada por imagens extraordinárias, arrepia o mais incauto dos vitorianos. Por isso, deixo aqui uma sugestão aos meus leitores: não percam a oportunidade de ver ou rever este trabalho tão emocionante sobre a fibra desta gente que, semana após semana, não se cansa de apoiar este Clube que lhe está no coração. Àqueles que neste momento dirigem o nosso Vitória, digo-lhes que têm uma responsabilidade acrescida que advém do suporte genuíno desta gente e que, de uma vez por todas, se consciencializem de que a humildade e o respeito exigidos são os verdadeiros traços que diferenciam “os grandes daqueles que permanecerão toda a vida pequenos”.
- Na antevisão do jogo Vitória – Rio Ave Pedro Martins deixou bem vincada a ideia de que acredita nos árbitros, que não está preocupado com Vasco Santos e disse ainda que não tinha ido à conferência de imprensa do último jogo com o Estoril, porque estava nervoso e que, “a quente”, poderia dizer algo que o poderia vir a prejudicar. Foi a nota que se impunha porque evidencia claramente que aquela ideia do presidente, de “que lutaríamos pelo 4º lugar, contra tudo e contra todos”, era demasiadamente “belicista”, para o meu gosto, e que acabou por sair do léxico do Clube. Ainda bem que assim foi e ainda bem que, a crer numa notícia meio esquisita do jornal “O Jogo”, terá havido uma reunião formal com o Conselho de Arbitragem, que saúdo. Só que esta questão dos “avanços e recuos”, do “tem que ser assim e depois já não é” e demais indecisões não é bonito, pelo contrário, é feio e mostra que a comunicação do Clube também não funciona com a eficácia devida. Mas sobre isto, e mais, voltaremos a falar.
- Sobre o jogo Vitória – Rio Ave deste fim de semana é de realçar a conquista de mais três pontos perante uma equipa que sabe jogar à bola mas que, nesta partida, me pareceu muito ingénua. O Vitória teve uma atitude mais pragmática e acabaram por pertencer-lhe os lances de maior perigo, numa 2ª parte digna de registo. Ganhou bem e a qualificação para a Liga Europa é totalmente merecida. Estamos de parabéns!
Uma última nota que, na minha opinião, deve merecer toda a atenção: O Vitória tem apresentado, quase sempre, um onze titular onde figuram normalmente cinco jogadores que não são nossos, são emprestados…
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