Na tarde de quinta-feira, 17 de abril, foi oficialmente constituída, no 2º Cartório Notarial de Guimarães, a Associação GSH – Guimarães Space Hub. A formalização da entidade, lavrada pelo notário Carlos Tavares, contou com a presença dos representantes das três instituições fundadoras: Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães; Rui Vieira de Castro, reitor da Universidade do Minho; e José Rui Felizardo, CEO do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto.

O Guimarães Space Hub nasce com o propósito de impulsionar a investigação e o desenvolvimento de tecnologias de ponta na área espacial, com especial ênfase em satélites de observação da Terra, inteligência artificial, mobilidade sustentável, defesa e sustentabilidade. Assumindo-se como um ecossistema colaborativo e multidisciplinar, o GSH pretende colocar Guimarães na linha da frente da Nova Economia do Espaço, alicerçado em inovação científica e tecnológica.

Esta nova associação resulta de uma visão estratégica conjunta dos seus fundadores, que identificam no setor espacial um motor de crescimento económico, de criação de emprego qualificado e de transição para uma economia mais verde e digital. O Hub ambiciona também democratizar o acesso à infraestrutura espacial para empresas e centros de investigação, contribuindo para o reforço das competências nacionais neste setor emergente.

Na véspera da constituição oficial, representantes do GSH reuniram-se nas instalações do CEiiA com John G. Wensveen, presidente da International Space University (ISU), com o objetivo de explorar uma futura colaboração que possa projetar internacionalmente o Hub e gerar sinergias com impacto significativo.

O esforço de internacionalização do GSH tem sido uma prioridade, com contactos estratégicos na região Norte de Portugal e na Galiza, além de parcerias com cidades como Valladolid, com a qual Guimarães assinou um Protocolo de Cooperação para a Nova Economia do Espaço. Em Valladolid está sediada a GEOSAT, empresa que lidera o consórcio responsável pela Constelação do Atlântico – uma iniciativa ibérica que visa criar uma rede de satélites para observação da Terra com aplicações em áreas como ambiente, agricultura, planeamento urbano e prevenção de riscos naturais.