Estudo da UMinho: trabalho e exercício físico beneficiam saúde mental durante o confinamento

"Verificou-se que aqueles que passam mais de uma hora a consumir este tipo de informação apresentam piores indicadores globais de saúde mental em todas as categorias estudadas", refere o comunicado.

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Manter o trabalho (em regime presencial ou através de teletrabalho) revelou ser um fator positivo para a saúde mental na primeira fase de um estudo da Universidade do Minho. O tempo de consumo de informação nos media e redes sociais sobre a covid-19 “também parece influenciar a saúde mental”.

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Quem continua a trabalhar, presencialmente ou através de teletrabalho, pratica exercício físico e consome informação durante menos de uma hora por dia apresenta melhores indicadores globais de saúde mental , segundo os primeiros indicadores de um estudo da Universidade do Minho (UMinho).

Os investigadores avaliaram, na primeira semana do estudo, de 23 a 30 de março, indicadores como o stress, ansiedade e sintomas depressivos. O estudo vai decorrer até cessarem as medidas de confinamento decretadas pelo Governo. Em comunicado, a UMinho refere que outra conclusão do estudo é que ter um jardim em casa também ajuda.

Segundo estes primeiros dados, os homens apresentam melhores indicadores de saúde mental do que as mulheres em termos médios, “o que acompanha as tendências que se verificam fora deste contexto de isolamento e pandemia”.

Os níveis de ansiedade, depressão, stress e sintomas obsessivo-compulsivos diminuem gradualmente com a idade, uma tendência que, segundo o comunicado, “deverá ser analisada com maior pormenor ao longo das semanas seguintes do estudo”.

A equipa de investigação é constituída por psiquiatras, psicólogos e neurocientistas do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde da Escola de Medicina da UMinho e é liderada por Pedro Morgado e Maria Pico-Pérez.

Os autores ressalvam que a amostra analisada de 1.280 sujeitos “não é representativa da população nacional”.

“É um dado curioso que pode eventualmente ser explicado pelo facto de as pessoas que dispõem de jardim terem melhores indicadores no período prévio ao confinamento determinado pela situação de pandemia”, lê-se no comunicado.

Manter o trabalho, seja em regime presencial seja através de teletrabalho, também revelou ser um fator positivo para a saúde mental.Por outro lado, os autores do estudo consideram que o tempo de consumo de informação nos media e redes sociais sobre a covid-19 “também parece influenciar a saúde mental”. “Verificou-se que aqueles que passam mais de uma hora a consumir este tipo de informação apresentam piores indicadores globais de saúde mental em todas as categorias estudadas”, refere o comunicado.

Praticar exercício físico regularmente e manter as consultas de psicologia são outros contributos para uma boa saúde mental.

Ao longo das semanas que durar o confinamento, mais de 2.000 participantes do estudo serão convidados a preencher uma bateria de testes e escalas que permitem traçar o retrato da saúde mental de cada um.

Estes testes avaliam níveis de stresse, ansiedade, sintomas de depressão, sintomas obsessivo-compulsivos, caraterísticas de personalidade, problemas de sono e qualidade de vida, bem como aspetos relacionados com os hábitos de cada pessoa ao longo do tempo.

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