Faleceu José Luis Fernandes, “orgulhoso Vimaranense, Vitoriano e Nicolino”
faleceu neste domingo, 06 de abril, José Luís Fernandes, atual sócio Nº 1 do Vitória Sport Clube e ilustre vimaranense, com uma vida dedicada ao associativismo e a Guimarães.

Em 2023, José Luís Silva Xavier Fernandes, ao receber o novo cartão de associado, lançado na altura, referiu que aquele era “um dos momentos mais felizes” da sua vida. “Este cartão não vai para a minha caixa de recordações, vai ficar no meu coração. Vai lá ficar até o meu coração falhar”, partilhou o sócio n.º 1. “O que fiz pelo Vitória foi aquilo que quis fazer, que eu gostei de fazer com muita alegria e muito gosto. As coisas simples são aquelas que têm mais interesse”, acrescentou.
José Luís Fernandes: “Não há ninguém que goste mais do vitória que eu”
Em entrevista ao Mais Guimarães, em 2019, quando completou 75 anos de filiação ao clube, e aos 91 anos de idade, recordou o primeiro jogo que viu, com cerca de sete anos. O campo era ainda no antigo Benlhevai, “uma caixinha de fósforos pequenina, perto do Toural”, e o Vitória enfrentava o Braga. Num jogo que contava para o Campeonato Distrital de Braga, os Conquistadores venceram o eterno rival por 1-0 e sagraram-se campeões. “Vi o Vitória vencer aqui, depois fomos a Braga empatar 1-1 e fomos campeões do distrito.
Lembro-me que fizemos uma festa no Toural”, apontou. Daquele tempo, recorda alguns jogadores “com saudade”. “Os que mais destaco são o guarda-redes Rui Coca, o Maneca, o Mário e o Paredes que eram defesas, de médios recordo o Freitinhas, um rapaz que morava na Misericórdia, e de avançados o Pantaleão, o Virgílio e o Constantino, que era padeiro”, referiu, com pena por não se lembrar de mais.
Dizia, na altura, o que o mais o orgulha “é ser Vimaranense, Vitoriano e Nicolino”. Recorda que chegou a levar dois jogadores e um massagista a uma deslocação no seu carro, porque o Vitória não tinha dinheiro. Recorda ainda que o Vitória contratou um jogador por vinte escudos, um jantar e umas calças. Foi um dos fundadores do Hóquei e do Atletismo do Vitória e não esquece a batalha financeira para sustentar estas modalidades. “Fui bater às portas dos sócios para pagarem uma quota extra para o hóquei, e consegui que 82 sócios pagassem”, revelou.
Em 2019, José Luís Fernandes e a esposa mantinham os seus lugares cativos e pagavam quotas, Embora já não vissem os jogos no Vitória no D. Afonso Henriques, não perdiam um jogo na televisão.
Sobre o momento da homenagem dos 75 anos de ligação ao clube, não hesitou em responder, na altura, que gostou muito. “75 anos de sócio é difícil. Agora é mais fácil porque metem os bebés logo que nascem, já eu entrei com 16 anos. Mas digo-lhe: pode haver quem goste tanto do Vitória como eu. Mas não há ninguém que goste mais do Vitória que eu”, rematou o sócio emblemático.
José Luís Fernandes dedicou a sua vida a Guimarães, ao movimento associativo, integrando diversas instituições vimaranenses, e foi também um destacado nicolino.
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