Fazem-se passar por inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), marcam vistorias por telefone e cobram “supostas coimas” que os estabelecimentos têm em atraso. Até agora, a prática desta burla já se verificou em quatro concelhos do norte do país, nomeadamente Guimarães, Braga, Famalicão e Póvoa de Varzim.Numa nota informativa colocada no sítio da internet, na sexta-feira, a ASAE alertou para casos de “burla” que foram registados, em que indivíduos se fizeram passar por inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), em estabelecimentos de restauração e bebidas.

Os falsos inspetores estabelecem um contacto via telefónica previamente, com o intuito de marcarem uma vistoria prévia ao estabelecimento, normalmente “num curto prazo de tempo com o objetivo de prevenir eventuais autuações em consequência de inspeção da ASAE”. Solicitam ainda que “seja efetuada uma transferência bancária ou, em alternativa, que se proceda ao levantamento de quantias de dinheiro para o pagamento de coimas em atraso”, explica a ASAE.

A entidade esclarece que os seus funcionários não efetuam “qualquer tipo de contacto ‘in loco’ com os operadores económicos para o pagamento de coimas no local”, acrescentando que os procedimentos “são efetuados pelas vias formais e legais, pelo que os operadores económicos não devem atender a qualquer pedido por parte de qualquer suposto inspetor que efetue as solicitações anteriormente descritas”.

A ASAE alerta, por isso, que nenhum operador económico deve atender a qualquer pedido por parte de um falso inspetor e que, caso seja contactado, deve imediatamente chamar as autoridades locais “no sentido de viabilizar a detenção em flagrante daqueles que indevidamente se façam passar por agentes da autoridade usurpando as suas funções”.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica esclarece que teve conhecimento da prática desta burla nos concelhos de Guimarães, Braga, Vila Nova de Famalicão e Póvoa de Varzim.