Feirantes queixam-se de entraves nas entradas

Quando se atingem as 500 pessoas a entrada é encerrada até que saia alguém.

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A feira semanal em tempo de desconfinamento decorre com muito menos feirantes. “Dos 260 que costumamos estar aqui, estamos uns 130”, diz José Freitas da Associação de Feirantes, apontando para o espaço vago ao lado da sua banca.

Há menos feirantes mas também há menos clientes. Por um lado há uma redução da procura, por outro, as pessoas que continuam a ir à feira têm que enfrentar vários obstáculos. A entrada e a saída no recinto só se fazem pelo lado do Mercado Municipal. Quer dizer que o acesso pela zona mais próxima do centro da cidade, para quem se desloca a pé, está fechado. Queixam-se os feirantes e os comerciantes das ruas da Liberdade e de Camões, que em dias de feira aumentavam o volume de negócio.

Uma feirante com o negócio montado no extremo mais próximo desta entrada encerrada aponta para a rua vazia de clientes e comenta, “ganhava mais no tempo do confinamento, parada em casa do que agora, agora tenho que pagar para vir trabalhar”. A principal queixa entre os feirantes, principalmente os que estão mais afastados das entradas que agora permanecem abertas, são os entraves à entrada de clientes.

José Freitas lembra que algumas Câmaras e Juntas de Freguesia, entre as quais  Guimarães e Caldas da Taipas, tiveram o bom senso de  isentar os feirantes das taxas de ocupação até ao final do ano. Vizela, VL. Nova de Famalicão e Fafe não isentaram os feirantes de taxas. José Freitas afirma que a isenção é justa, uma vez que há uma redução obrigatória do número de clientes. Este feirante estima que a quebra no negócio ande, em média, acima dos 50%.

Os feirantes mostram-se particularmente revoltados relativamente aquilo que classificam como uma diferença de tratamento entre o seu negócio e os centros comerciais. “Ainda agora, em Lisboa, com o agravamento da situação, as feiras foram logo encerradas, enquanto os centros comerciais ficam apenas com horário reduzido. Porquê?” Questiona uma feirante.

Se os feirantes se queixam da falta de clientes, este lamentam-se por terem de esperar numa longa fila ao sol. O PSP à entrada explica que só podem estar dentro do recinto 500 pessoas ao mesmo tempo. Os polícias no portão de entrada mantêm-se em contato rádio com os colegas na saída para saberem a cada momento quantas pessoas estão dentro do espaço da feira. Quando se atingem as 500 pessoas a entrada é encerrada até que saia alguém.

Outro feirante elogia a medida da Câmara de Guimarães em isentar os comerciantes das taxas mas lamenta-se. “Estamos em julho, olhe para isto, onde é que estão os emigrantes, já viu esta feira está vazia”.

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