FUTURO DO CIAJG DEBATIDO EM REUNIÃO MUNICIPAL

O assunto foi introduzido pelo vereador da coligação Juntos por Guimarães, Ricardo Araújo, recordando que a autarquia tinha prometido, há um ano, uma reflexão sobre o futuro do espaço.

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©  João Bastos/Mais Guimarães

O futuro do Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) esteve uma vez mais em discussão na reunião de Câmara de Guimarães. O assunto foi introduzido pelo vereador da coligação Juntos por Guimarães, Ricardo Araújo, no período antes da ordem de trabalhos, recordando que a autarquia tinha prometido, há um ano, uma reflexão sobre o futuro do espaço.

Adelina Paula Pinto, vereadora da cultura, respondeu a Ricardo Araújo explicando que, tal como o Mais Guimarães tinha noticiado, a primeira reunião do conselho consultivo já se realizou e que há uma nova agendada para Março. Dessa reunião, saíram várias conclusões acerca do trabalho positivo que já está a ser desenvolvido no CIAJG e, também, do que é preciso melhorar no espaço cultural vimaranense.

“Aquilo que tem sido feito não está ao nível do que Guimarães pretende”, afirmou Ricardo Araújo. “Objetivamente qual a estratégia para melhorar o trabalho desenvolvido para a PAC e internacionalizar o CIAJG?”, questionou.

A vereadora da cultura referiu que um dos aspetos positivos do CIAJG é o seu “papel diferenciador na área expositiva, ao aliar as obras de José de Guimarães com obras e exposições diferentes e únicas do resto do país”, à qual a autarquia dará continuidade. Apesar disso, o CIAJG não está a atrair “o grande público”, admitiu. “O conselho reconheceu que é preciso mais para trazer o grande público e algumas das soluções passam por trazer artistas locais e aumentar a presença da obra de José de Guimarães “, apontou. Além disso, está a ser pensada a possibilidade de abrir uma cafetaria no CIAJG e, ainda, reforçar a livraria. Outro dos fatores reconhecidos por Adelina Paula Pinto foi o afastamento dos vimaranenses do espaço. Uma situação que a autarquia pretende combater através de iniciativas relacionadas com a educação cultural.

Ricardo Araújo ressalvou ainda a necessidade de o espaço se internacionalizar e de, para isso, ser necessário mais investimento do Estado. Nesse sentido, acusou a autarquia, que é PS, de não estar a reivindicar esse apoio, lembrando que, quando o Governo era de direita, o executivo era “muito mais crítico”.

Adelina Paula Pinto admitiu que o apoio do Estado é insuficiente e reconheceu que “é preciso mais dinheiro” para o CIAJG poder competir com Serralves, no Porto, ou o com o Maat, em Lisboa. “É preciso mais investimento, nomeadamente na comunicação. Vejam quanto se gasta no Serralves ou no Maat e quanto se gasta aqui. Além disso,  não estamos num circuito turístico como estão Serralves e o Maat”, comparou.

Novo diretor terá de ser alguém “conceituado” e “ligado a Guimarães”

Ricardo Araújo referiu ainda que “a Câmara está há muito tempo sem nomear um director”, referindo-se à saída do diretor-artístico Nuno Faria, em junho passado e à ausência de um substituto. Adelina Paula Pinto garantiu que que será aberto um concurso público para o cargo, o mais tardar no início do próximo ano. “Quem virá terá de ser alguém imerso na cultura vimaranense, porque Guimarães tem uma cultura maior que o CIAJG. Outro dos fatores é que CIAJG está muito integrado na Oficina. Precisamos de alguém que consiga sentir a cidade. Se calhar não vamos encontrar esse perfil num vimaranense, mas podemos encontrar alguém que esteja cá e que consiga fazer todas essas ligações. Gostávamos de alguém com um currículo nacional e internacional, porque nós precisamos também de abrir horizontes”, assinalou.

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