Grupo Celeste assegura regularidade dos pagamentos e a continuidade das operações

Na sequência do anúncio de greve marcado para os dias 8 e 9 de agosto pelos trabalhadores do Grupo Celeste, a administração da empresa veio esta sexta-feira, 01 de agosto, a público prestar esclarecimentos, reafirmando o cumprimento das suas obrigações laborais e garantindo normalidade na atividade da empresa.

© Grupo Celeste

Em comunicado, o Grupo Celeste esclarece que os salários do mês de junho de 2025 “já foram pagos” e que os relativos a julho “estão a ser processados, com vista ao cumprimento dos prazos habituais de pagamento”. A empresa, que atua nas áreas da panificação, pastelaria e refeições pré-preparadas, sublinha o seu “total compromisso com o cumprimento das obrigações laborais”, destacando uma postura de “responsabilidade e respeito total por todos os trabalhadores”, que, segundo o grupo, tem pautado os mais de 50 anos da sua história.

A reação surge depois de trabalhadores da unidade de Polvoreira, em Guimarães, terem protestado esta semana contra alegados atrasos no pagamento de salários, subsídios e retroativos decorrentes da aplicação do contrato coletivo de trabalho do setor. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), cerca de metade dos 50 trabalhadores recusaram-se a trabalhar nesse dia.

Diogo Ribeiro, delegado sindical e funcionário da empresa há 12 anos, afirmou que “os problemas começaram entre abril e maio”, alegando que os vencimentos de junho e julho estariam em falta, bem como o subsídio de férias. O sindicato denuncia ainda a existência de contrastes entre a situação dos trabalhadores e os investimentos realizados pela empresa, como a recente aquisição de veículos elétricos e um novo camião de distribuição.

Além das questões salariais, o SINTAB aponta ainda a eliminação do turno da noite e a aposta no produto congelado como medidas que agravaram a precariedade laboral e resultaram em perdas salariais para a maioria dos funcionários.

Apesar da tensão, o Grupo Celeste garante que mantém “a sua atividade com total normalidade” e afirma-se disponível para prestar “esclarecimentos adicionais”.

PUBLICIDADE
Arcol

NOTÍCIAS RELACIONADAS