Guimarães Space Hub coloca cidade berço na órbita da inovação tecnológica e científica
O Guimarães Space Hub (GSH) foi oficialmente apresentado esta segunda-feira, 20 de outubro, no Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor, marcando o arranque de um projeto pioneiro que posiciona Guimarães como um novo polo de inovação tecnológica e científica no setor espacial.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães
A sessão contou com a presença do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, do Presidente da CCDR-Norte, António Cunha, do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, bem como de representantes do CEiiA, da Universidade do Minho, da Força Aérea Portuguesa, da GEOSAT, da NEO e do CTI Aeroespacial, entre outros parceiros, investigadores e estudantes.
O Guimarães Space Hub surge como um espaço de cooperação e desenvolvimento entre a Universidade do Minho, o CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, e várias entidades do setor aeroespacial nacional e internacional. O objetivo é promover a ligação entre o meio académico e a indústria, impulsionando a investigação, a formação e a criação de soluções tecnológicas aplicadas à qualidade de vida, sustentabilidade e combate às alterações climáticas.

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Entre as áreas de atuação do GSH destacam-se os sistemas e tecnologias espaciais, a inteligência geoespacial, as novas formas de construção, a energia e a mobilidade sustentável. O hub desenvolverá programas científicos anuais e iniciativas dirigidas a jovens do ensino secundário, como o programa SLI – Sustainable Living Innovators, promovido pelo CEiiA.
Um projeto com dimensão internacional
O Guimarães Space Hub integra a Constelação do Atlântico, o maior projeto espacial da história de Portugal, desenvolvido em parceria ibérica para criar um sistema europeu de satélites de Observação da Terra de alta e muito alta resolução. Este projeto é considerado essencial para uma “Europa mais segura, soberana e competitiva”.
Em Portugal, a Constelação é liderada pelo CEiiA e pela Força Aérea Portuguesa, em colaboração com a GEOSAT e a NEO, responsável pela construção dos satélites de muito alta resolução.
“Uma oferta educativa virada para o futuro”
Durante a apresentação, o ministro Fernando Alexandre destacou a importância do setor espacial na estratégia europeia: “A soberania da União Europeia exige que seja um dos principais atores no espaço. Portugal tem de ter a capacidade de se integrar — este projeto é prova disso mesmo.”

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O presidente do GSH, Jorge Cabral, salientou a ambição do projeto: “Esperamos estar preparados para os desafios da competitividade, segurança e soberania. A tecnologia espacial pode ajudar a resolver problemas na Terra.”
Já o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, reforçou o compromisso do município perante o programa: “Este caminho de investimento na ciência e inovação é um caminho longo, mas essencial. A Câmara assumiu o compromisso de fornecer as instalações e apoiar esta visão transformadora.”
O reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, presente na apresentação, considerou o GSH “um excelente exemplo do papel da universidade em contribuir para uma região e um país mais fortes”.

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O CEO do CEiiA, José Rui Felizardo, sublinhou que o hub representa “uma nova fase da economia do espaço”, enquanto António Cunha, presidente da CCDR-Norte, destacou “a aposta de Guimarães na educação, inovação e valorização regional”.
As instalações provisórias do Guimarães Space Hub situam-se no Centro Cultural Vila Flor, até à mudança definitiva para a antiga Fábrica do Arquinho, que também acolherá o curso de Engenharia Aeroespacial da UMinho e o centro de inovação Fibrenamics.





