José Manuel Gomes deixa direção artística dos Banhos Velhos
Foi nas redes sociais que deixou uma mensagem de despedida e onde deu conta do fim de um ciclo de 11 temporadas à frente da programação dos Banhos Velhos, já um ícone cultural, em Caldas das Taipas.

“Foram 277 iniciativas: espetáculos de música, cinema, teatro, tertúlias, apresentações, atividades infantis, onde até um documentário houve engenho para se realizar. Há um misto de alívio e de saudosismo neste final que nunca chegará a ser um fim para mim. O cordão umbilical é demasiado forte para assim o ser”, refere José Manuel Gomes.
Foi em 2011 que assumiu o desafio, como estudante do Mestrado em Mediação Cultural e Literária, da Universidade do Minho, “para aprender e compreender a orgânica dum espaço museológico destinado a uma finalidade cultural e saio, em 2024, com 11 temporadas como responsável de Direção Artística”.
Encarou como “uma missão, que pesa e deixa marca”. “Programar os Banhos é carregar as cadeiras, ajudar a montar o palco, montar toda a logística, programar, planear e executar tudo: da programação à produção, da comunicação à logística. É ser um polvo de tarefas que é movido mais pelo espírito de missão do que outra coisa qualquer. Por isso, digo e sempre fui dizendo: quem programa nos Banhos, programa em qualquer lado ou sítio do mundo”, escreve.
Refere a aventura de conseguir fazer acontecer “a um espaço abandonado durante 60 anos e que servisse não só os aquistas das Termas, mas também a vila das Taipas. O que aconteceu foi bem além disto. Foi passar de poucas dezenas de espectadores para centenas e de centenas a milhares. Foi gerar e sentir interesse, foi dar e mapear o nome das Taipas num mapa, numa rede cultural que se espalhou pelo país e para fora dele. Foi passar de ter receio de não estar ninguém, a ter o receio do espaço não ser suficiente para caber toda a gente”.
“Agora, sendo algo bairrista mas verdadeiro: não sabem do orgulho que era ouvir em plena rádio nacional “Banhos Velhos, em Caldas das Taipas”. É algo inexplicável o sentimento de que elevamos o nome do sítio de onde somos. Sentir que vinha gente de Guimarães, Braga, Famalicão, Porto, Lisboa, Viana, Beja, Faro, da Galiza mas, fundamentalmente, que as pessoas vinham e voltavam a vir e que se conseguiu criar esta marca nas Taipas. Fomos os primeiros a descentralizar a cultura, por cá, e é bonito ver que assim continuou a ser feito e a uma dimensão que esbarra na surrealidade”.
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