“Campo Força Chama” fala de algum lugar do passado, sobre um gesto que hoje será o futuro. Com o intuito de investigar maneiras de ativar o “corpo-arquivo” de cinco bailarinas, esta criação valoriza a “linguagem do corpo no feminino na sua urgência de comunicar”, sublinha Josefa Pereira.

A performer lisboeta refere que “há este campo nosso, um terreno. Um lugar que contém e também emana, esquenta e chama. Por vezes, isto é como um confronto com um urso. Dizem que deste nascerá um híbrido humano-urso e urso-humano. Somos essas danças-mordidas-de-urso. Quem chega também poderá atrair-se, ser mordido, talvez tornar-se híbrido também. Movemos ininterruptamente, e aqui estamos porque há de ser sempre em simultâneo, algo que só pode ser gerado quando e se ao mesmo tempo.”

A criação artística conta com direção e conceito de Josefa Pereira, e performance de Meiga, Natália Mendonça, Nina Botkay, Vânia Doutel Vaz e da própria Josefa Pereira, sendo este espetáculo dirigido a maiores de 12 anos de idade.

Esta performance foi a dança escolhida na primeira edição do projeto CASA, programa de apoio à Criação Artística na área das Artes Performativas, promovido pelo Centro Cultural Vila Flor, o Espaço do Tempo, em Montemor-o-Novo e o Cineteatro Louletano, em Loulé. Este programa visa ser um estímulo à criação nas áreas da dança e teatro. Além disso, procura ser uma rampa de lançamento para artistas e criadores nacionais ou residentes em Portugal,.